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Filho do BTK Killer é retratado em novo documentário

O documentário da Netflix, “Meu Pai: O Assassino BTK”, será lançado no dia 10 de outubro e apresenta Kerri Rawson, filha do serial killer Dennis Rader, que matou 10 pessoas na região de Wichita, Kansas, entre 1974 e 1991. Rader, conhecido como o “assassino BTK”, que significa “bind, torture, kill” (amarrar, torturar, matar), começou sua onda de crimes ao estrangular quatro integrantes de uma família em janeiro de 1974. Ele foi preso em 2005, após investigadores rastrearem um disco rígido enviado por ele a uma emissora de TV até uma igreja em que ele era líder.

Após a prisão de Rader, a polícia obteve a amostra de DNA de Kerri a partir de um exame de Papanicolau, que correspondeu ao perfil genético do pai. Atualmente, Rader cumpre 10 penas de prisão perpétua consecutivas.

O documentário se baseia em um livro que Kerri escreveu em 2019 e apresenta entrevistas com jornalistas e policiais envolvidos no caso de seu pai. Kerri compartilha suas experiências de crescer com Rader e como ela encontrou um novo propósito na vida ao ajudar na busca por outras vítimas.

Em fevereiro de 2005, Kerri, então com 26 anos e professora substituta, recebeu a visita de policiais que a informaram sobre a verdadeira identidade do pai. Após a prisão, ela lembrou de um jantar em família onde sua mãe comentou que parecia que seu pai havia morrido, como se estivessem reunidos após um funeral.

Nos primeiros momentos após a prisão de Rader, Kerri costumava dizer que era afastada do pai, evitando aprofundar o assunto. No entanto, em seu interior, sentia um grande sofrimento. Ela se questionava sobre sua identidade, o que era real em sua vida e até que ponto sua família estava envolvida no disfarce do pai.

Kerri recorda que, após a demissão de Rader da Cessna em 1973, sua personalidade mudou. Embora fosse um pai amoroso, envolvia Kerri em atividades que a permitiam ser destemida, existia também uma faceta sombria. Entre os crimes que cometeu, Rader colecionou objetos das vítimas, como roupas íntimas.

Kerri revela que, como criança, tinha pesadelos, urinava na cama e sentia medo do escuro, questionando se essas sensações tinham relação com a violência em sua casa. Após a prisão do pai, encontrou um caderno onde ele detalhava fantasias de bondage, incluindo seu nome, o que a deixou angustiada e com receios sobre possíveis abusos.

Kerri escreveu uma carta ao pai, expressando sua confusão sobre a dualidade de sua figura. Rader respondeu enfatizando seu amor por ela, mas sem esclarecer suas dúvidas.

Em 2023, Kerri fez uma visita a Rader na prisão, após 18 anos sem se ver. Durante a conversa, ela questionou sobre possíveis outras vítimas, mas ele não respondeu, apenas desejava conversar como um pai normal. Kerri afirmou que não pretende mais se aproximar do pai.

O documentário fecha com Kerri afirmando que não irá mais ouvi-lo. Em cenas finais, ela é vista se divertindo com amigas de longa data, expressando a dificuldade de confiar nas pessoas ao seu redor, que costumam se interessar apenas pela figura do pai.

Nos últimos anos, Kerri se afastou dos holofotes da mídia, optando por cuidar dos filhos e liderar um ministério feminino. Apesar disso, recebeu mensagens de ódio e ameaças, levando-a a encarar o desafio de ser filha de um criminoso notório.

Ela é dedicada a apoiar vítimas de crimes e atualmente colabora com a polícia para investigar se o pai está ligado a outros assassinatos. Kerri acredita que é necessário esclarecer a verdade sobre os crimes de Rader antes que ele morra. Apesar do peso do passado, ela tenta viver de forma tranquila, dedicando tempo a si mesma e à sua família.

Produção Editorial

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