“Invertida”, de Raphael Montes: reflexões sobre imperfeições humanas –

Raphael Montes, um carioca de 34 anos formado em Direito pela UERJ, está sempre em ação e tem se destacado no cenário literário brasileiro. Com oito obras publicadas, ele conquistou o prêmio Jabuti em 2020 e se tornou o autor mais vendido da última Bienal do Livro. Em 2024, atingiu a marca de 1 milhão de exemplares vendidos pela Companhia das Letras, sendo o brasileiro mais comercializado da editora. Entre seus livros, o suspense “Dias Perfeitos” foi traduzido para 25 idiomas e terá sua adaptação na Globoplay a partir de 14 de agosto, com direção de Joana Jabace.
Montes é conhecido por seu estilo envolvente no gênero de suspense. Seus autores favoritos incluem Agatha Christie, Arthur Conan Doyle e Sidney Sheldon, que são referências para seu trabalho. Em 2021, ele fundou a produtora Casa Montes, onde desenvolve projetos voltados para o audiovisual, incluindo adaptações de suas obras e de outros autores brasileiros.
Entre suas publicações, estão “Jantar Secreto”, “Suicidas”, “O Vilarejo”, “Bom Dia, Verônica” e “Uma Família Feliz”, que já foram ou estão sendo convertidos em produções audiovisuais. Raphael também escreveu o roteiro de “A Menina que Matou os Pais” e “O Menino que Matou Meus Pais”, que contam a história de Suzane Von Richthofen. Além disso, ele foi responsável pelo roteiro da primeira novela brasileira da HBO Max, “Beleza Fatal”, e escreveu um filme inspirado no caso de Elize Matsunaga, que em breve será lançado na Netflix.
Ele tem planos de se aventurar na televisão aberta, buscando a experiência de escrever para um público mais amplo e sentir a reação diária do público. Apesar de seus compromissos profissionais, Montes ainda encontra tempo para viajar com o namorado, Victor Prataviera, um produtor de cinema com quem está junto há 10 anos.
Raphael também compartilha algumas experiências de sua vida pessoal. Uma lembrança marcante foi quando ele e o marido viajaram para Nova York apenas para ver Stephen King, em um evento em que os ingressos se esgotaram rapidamente, um gesto que ele considerou uma aventura válida. Em contraste, ele recorda de um evento em uma escola pública, onde se deparou com crianças de jardim de infância e teve que adaptar sua conversa, improvisando com histórias de fantasmas.
Montes revela que está sempre pensando em novas histórias, com mais de 12 ideias em andamento. Apesar de já ter escrito oito livros, ele sente um impulso constante de criar mais. Porém, ele conhece as limitações do tempo e reconhece que sua mente está frequentemente cheia de pensamentos e ideias.
Adicionalmente, ele fala sobre sua dificuldade com pontualidade, normalmente se atrasando alguns minutos para seus compromissos, e expressa um aversão a conversas com pessoas que se levam muito a sério e acreditam que têm todas as respostas. Um projeto que não deu certo, mas que acabou gerando aprendizado, foi uma coluna semanal no jornal O Globo, que exigia mais observação do cotidiano do que ele estava disposto a fazer.
Montes tem uma atitude otimista, mas compartilha que tem receio de sua própria mortalidade, especialmente por querer contar muitas histórias e desfrutar de experiências com amigos e familiares. Ele considera que a arte é uma forma de alcançar a imortalidade, através das histórias que contamos.
Por fim, ele admite que tende a pensar negativamente em algumas situações e é cauteloso ao viajar, preferindo sempre ter um plano de contingência. Raphael Montes é um artista multifacetado, que continua a criar e explorar novas formas de contar histórias.