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Israel bombardeia palácio presidencial na Síria, afirma imprensa –

Na quarta-feira, 16 de outubro, Israel bombardeou o Palácio Presidencial em Damasco, na Síria. Essa ação é parte de uma série de ataques que começaram três dias antes e aumentaram a tensão no país. Nos últimos dias, confrontos entre drusos e beduínos na região resultaram em 248 mortes desde domingo, 13 de outubro.

O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, comentou sobre os bombardeios, afirmando que “os golpes dolorosos começaram”. Ele compartilhou um vídeo em que uma apresentadora de televisão síria interrompe a transmissão ao vivo durante um ataque próximo ao estúdio.

De acordo com informações do Ministério da Defesa da Síria, o Palácio Presidencial também foi alvo de ataques aéreos, que incluíram drones. Funcionários relataram que, durante o bombardeio, servidores se refugiaram no porão do edifício. Além disso, dois civis ficaram feridos, segundo a emissora estatal Elekhbariya.

O Exército israelense informou que seus ataques visavam a sede militar do governo sírio e que estão monitorando a situação dos drusos no sul do país. Israel justifica suas ações como uma forma de proteger essa minoria em meio ao conflito. Um vídeo nas redes sociais mostrou o edifício do Ministério da Defesa síria sendo atingido, levantando uma densa nuvem de fumaça.

Os drusos são uma minoria religiosa que se originou do islamismo xiita e estão presentes em diversas regiões do Oriente Médio, incluindo o sul da Síria e o Líbano. Em Israel, muitos drusos vivem nas Colinas de Golã, um território sírio ocupado por Israel desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967. A situação na região tem sido tensa, especialmente após a queda de Bashar al-Assad, que foi substituído por Ahmed al-Sharaa, um ex-membro de um grupo ligado ao Estado Islâmico. Desde sua ascensão ao poder, ele tem buscado garantir a convivência pacífica entre as minorias sírias, embora a eficácia dessas promessas seja questionada por episódios violentos.

Confrontos recentes, como o que ocorreu em março, deixaram 1.600 mortos, a maioria alauítas, resultado de retalições entre diferentes grupos étnicos. Os combates entre drusos e beduínos também retornaram na semana passada. A cidade de Sweida, predominantemente drusa, enfrentou uma nova rodada de ataques israelenses e a situação de cessar-fogo foi rompida.

A União Europeia expressou preocupação sobre os ataques, enfatizando a necessidade de respeito à soberania síria e proteção à população civil. O ministério das Relações Exteriores da Turquia também criticou as ofensivas israelenses, alegando que elas prejudicam os esforços para a paz na Síria.

Na segunda-feira, 14 de outubro, o governo sírio enviou tropas para Sweida para tentar controlar os conflitos, mas elas acabaram em confronto com milícias drusas. A cidade e vilarejos próximos enfrentavam intensa troca de fogo na manhã de quarta-feira. Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, a brutalidade do combate já resultou em 248 mortes, incluindo 92 drusos, 138 membros das forças de segurança e 18 beduínos, além de 28 civis, sendo 21 deles executados pelas forças governamentais.

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