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Liverpool impulsiona gastos neste mercado de transferências –

No ano passado, a situação do Liverpool era preocupante e os torcedores estavam inquietos. O clube havia acabado de perder seu famoso treinador, Jürgen Klopp, e, após um início promissor na temporada anterior, com destaque em abril, terminou em terceiro lugar na tabela, devido a uma série de lesões. Apesar desse cenário, a direção do clube decidiu manter a mesma linha de atuação, sem realizar mudanças significativas em sua estratégia.

Na janela de transferências de verão de 2024, Liverpool anunciou a contratação do goleiro Giorgi Mamardashvili e do atacante Federico Chiesa, mas o torcedor já estava cético em relação a essas aquisições. A equipe parecia continuar a ser a terceira força do campeonato, e muitos analistas acreditavam que Liverpool não conseguiria se classificar para a Liga dos Campeões.

No entanto, o atual cenário é bem diferente. Em uma reviravolta surpreendente, Liverpool conquistou seu 20º título da Premier League e, até agora, investiu mais de €300 milhões em contratações. Com o fechamento da janela de transferências, esse número pode ultrapassar €500 milhões.

Esse aumento nos gastos levanta uma pergunta importante: como o clube conseguiu investir tanto dinheiro em um mercado que frequentemente é visto como irracional e ineficiente? Durante essa janela, Liverpool contratou quatro jogadores de destaque: o meio-campista Florian Wirtz por €125 milhões, o atacante Hugo Ekitike por €95 milhões, o lateral Milos Kerkez por €46,9 milhões e o lateral Jeremie Frimpong por €40 milhões.

No mesmo período, também houve vendas significativas. O zagueiro Jarell Quansah foi vendido ao Bayer Leverkusen por €35 milhões e o goleiro Caoimhín Kelleher para o Brentford por €14,8 milhões. Até mesmo o lateral Trent Alexander-Arnold foi negociado com o Real Madrid por €10 milhões.

Além disso, há especulações sobre a possibilidade de Liverpool realizar a maior contratação da história da Premier League, ao tentar adquirir Alexander Isak do Newcastle United. Com um time que enfrenta problemas de profundidade na zaga, novas contratações podem ocorrer, principalmente se jogadores como Luis Díaz forem vendidos para equipes como o Bayern de Munique por um valor na faixa de €75 milhões.

Com a saída de jogadores, Liverpool está se preparando para equilibrar suas finanças. Por exemplo, eles podem arrecadar cerca de €40 milhões caso Harvey Elliott também deixe o clube. Em termos financeiros, os gastos com transferências poderiam ser amortizados em cerca de €61 milhões por ano ao longo de cinco anos. Além disso, a venda de jogadores da academia pode trazer uma receita de cerca de €60 milhões, potencialmente permitindo que o clube continue investindo em novos atletas.

Nos últimos três anos, Liverpool foi superado em gastos por diversas equipes, incluindo Chelsea, Manchester City e Tottenham. O Chelsea, em particular, gastou cerca de €1 bilhão a mais que Liverpool nesse período. Mesmo assim, o clube conseguiu manter uma boa saúde financeira e, surpreendentemente, deve reportar lucro no final do ano fiscal após conquistar a Premier League. Isso se deve em parte ao aumento de público após a expansão do Estádio Anfield e aos bônus recebidos por vitórias e retornos às competições europeias.

Além disso, Liverpool firmou um novo contrato de patrocínio com a Adidas, que deve aumentar ainda mais as receitas do clube. Para o CEO do clube, Billy Hogan, a situação atual é resultado de um planejamento minucioso que levou anos para se concretizar.

O clube enfrentou desafios com sua equipe envelhecida. Durante a temporada de 2021-22, Liverpool quase conquistou todos os grandes troféus, mas a média de idade dos jogadores foi um indicativo da necessidade de renovação. A saída do diretor esportivo e a mudança de foco dos proprietários para a venda do clube dificultaram o monitoramento da saúde da equipe.

Após uma reformulação no meio-campo com a chegada de Alexis Mac Allister, Dominik Szoboszlai, Ryan Gravenberch e Wataru Endo, outros setores, como a defesa, também precisam de atenção. Os laterais Andy Robertson e Trent Alexander-Arnold, por exemplo, estão em idades que podem limitar sua performance a longo prazo.

As contratações recentes indicam que o clube está decidido a rejuvenescer o elenco, e com a contagem de lesões e a aposentadoria de jogadores importantes, o investimento em novos talentos é essencial. Liverpool está, portanto, em um ponto crucial em sua trajetória, buscando não só montar um time forte, mas um que possa dominar a Premier League e retornar à disputa da Liga dos Campeões. Com o aumento dos gastos, Liverpool está tentando não apenas competir, mas também se tornar uma potência duradoura no futebol europeu.

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