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NY Times está afetando a candidatura de Zohran Mamdani? –

Uma recente reportagem trouxe à tona uma controvérsia envolvendo Zohran Mamdani, candidato à prefeitura de Nova Iorque, que chamou a atenção nacional após vencer as primárias do Partido Democrata. A matéria, publicada por um veículo respeitado, abordou como Mamdani, durante seu último ano no ensino médio, se identificou como de origem asiática e afro-americana em seu aplicativo de admissão à Universidade Columbia. Mamdani nasceu em Uganda e tem ascendência indiana.

A escolha de Mamdani de marcar várias identidades raciais em sua inscrição gerou críticas de leitores, que questionaram a relevância da história. A discussão ganhou mais força quando Eric Adams, atual prefeito de Nova Iorque e concorrente de Mamdani, declarou que considerava “profundamente ofensivo” o fato de Mamdani tentar “explorar” uma identidade afro-americana, embora não se considere negro.

Mídias de direita, como uma emissora a cabo conhecido, usaram a reportagem para atacar Mamdani. Um dos comentaristas da emissora chegou a chamá-lo de racista, alegando que ele despreza os valores norte-americanos. Mesmo antes da matéria, Mamdani, que se identifica como muçulmano e socialista, já enfrentava críticas por parte de figuras do movimento conservador, incluindo o ex-presidente Donald Trump, que o qualificou de comunista e sugeriu sua deportação. O tratamento do caso se intensificou, sendo apresentado como um escândalo relacionado à política de ação afirmativa da universidade, mesmo sabendo que Mamdani não foi aceito na Columbia.

Mamdani defendeu sua posição, explicando que as opções disponíveis nas inscrições não representavam sua história e, por isso, ele decidiu marcar múltiplas respostas para refletir sua origem complexa. Ele é filho de um indiano ugandense e de uma indiana-americana, e mora em Nova Iorque desde a infância.

A decisão da publicação de avançar com essa matéria foi criticada como precipitada. A informação chegou ao veículo por meio de um hack ocorrido nos dados da Columbia, transmitido por um intermediário anônimo, identificado posteriormente como uma pessoa com laços com ideologias extremistas.

Esse caso também levanta questões sobre a ética no jornalismo. Muitas publicações valorizam a privacidade e a dúvida sobre publicações baseadas em informações obtidas de forma ilegal. Um editor do veículo se defendeu, alegando que a matéria ajudaria os leitores a conhecer melhor os candidatos a cargos importantes.

No entanto, muitos jornalistas e especialistas na área acreditam que a história foi mal conduzida e refletiu um viés contra Mamdani. Além disso, o veículo não fez a mesma cobertura em relação a outros candidatos com controvérsias. A atitude crítica da publicação em relação a Mamdani foi questionada, levando à discussão sobre a imparcialidade que deveria ser mantida nas matérias informativas.

Com a matéria e a editorial em andamento, parece que a publicação está focada em desacreditar Mamdani, em vez de manter a neutralidade jornalística que se espera de relatórios objetivamente informativos.

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