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Perdi meu estágio, fui a Nova Iorque e conquistei um novo emprego –

Em março, Aaron Chen, estudante da Universidade da Califórnia em Berkeley, recebeu uma oferta de estágio de verão em uma startup de criptomoedas localizada em Nova York após algumas conversas por telefone. Ele ficou aliviado, pois o recrutamento nessa época já estava avançado, e muitos alunos do seu ano já haviam conseguido ofertas em dezembro. Para formalizar o processo, ele assinou um contrato de confidencialidade.

Porém, em junho, quando estava prestes a viajar, Aaron teve uma ligação com o responsável pela operação para discutir a remuneração. Ele propôs um valor de 45 dólares por hora, levando em conta suas habilidades em engenharia de frontend, design de UX/UI e suporte em marketing, embora soubesse que o valor médio dos estágios nessa área em Nova York variava entre 40 e 50 dólares. Dias antes de sua partida, Aaron recebeu um e-mail informando que a empresa não tinha orçamento para a posição e que não poderia contratá-lo.

Com a revelação, ele já havia feito preparativos consideráveis, incluindo passagem aérea, aluguel de um apartamento e contratação de um colega para dividir os custos. No momento em que recebeu a notícia, estava em um ônibus atravessando a Bay Bridge. Para alegrar sua irmã, mandou uma selfie brincalhona dizendo que estava desempregado. No entanto, logo a realidade o atingiu e ele se emocionou no ônibus.

Em meio à desapontamento, Aaron ligou para seus pais, amigos e colega de quarto. Eles o encorajaram a ir a Nova York e aproveitar a viagem, decidindo apoiá-lo nessa jornada.

Ao chegar à cidade, ele buscou oportunidades no setor de tecnologia. As duas primeiras semanas foram desafiadoras. Ele participou ativamente da New York Tech Week, que coincidia com sua chegada. Foi direto do aeroporto para o escritório da IBM, mesmo sem dormir. Durante uma semana, ele se inscreveu em mais de 60 eventos, tentando fazer contatos e se estabelecer na cidade.

Na segunda semana, participou de uma conferência sobre criptomoedas, onde conheceu um professor da Stanford que se ofereceu para divulgar seu currículo. Àquela altura, Aaron já tinha aplicado para cerca de 50 empresas e solicitado ajuda de pelo menos 20 pessoas em sua rede de contatos.

Graças ao professor e ao apoio de amigos do clube de blockchain, ele conseguiu entrevistas em seis empresas. Ele se destacou em uma conversa com um fundador de uma startup sustentada por uma conhecida firma de investimento, a Andreessen Horowitz. Após o encontro, recebeu um desafio técnico na madrugada de uma sexta-feira. Como estava acordado, começou a trabalhar imediatamente. Nos dias seguintes, Aaron fez maratonas de codificação e design.

Na entrevista final, apresentou seu trabalho e foi contratado na hora. A negociação salarial foi tranquila, e ele recebeu a proposta oficial logo em seguida, marcando o tempo recorde de quatro dias desde o primeiro contato até a oferta.

Esse período foi um verdadeiro teste de resiliência e de sua habilidade de networking, colocando-o em uma posição favorável para conseguir a nova oportunidade. Ele reconhece que tudo aconteceu surpreendentemente rápido após sua chegada a Nova York, sem ter um emprego ou plano B.

Aaron compartilha que mudar sua mentalidade foi crucial para lidar com essa realidade. Ele decidiu adotar uma postura mais aberta, enfrentando o que surgisse pela frente. Essa abordagem positiva lhe permitiu aproveitar ao máximo os eventos de networking. Sua filosofia durante o verão foi de que não tinha nada a perder, e ele está satisfeito por ter feito a viagem e conhecido pessoas que indiretamente o ajudaram a alcançar novos horizontes.

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