Notícias Agora

Plano de Trump para Gaza adia votação da Uefa sobre Israel

Na última segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um plano de paz para tentar acabar com a guerra na Faixa de Gaza. Em resposta a essa situação, a UEFA decidiu suspender temporariamente a votação sobre a possível exclusão de Israel de suas competições. A decisão foi tomada, pois a entidade esportiva avaliou que este não é o momento adequado para se posicionar sobre a exclusão, buscando dar espaço para a proposta americana.

O plano de paz foi apresentado durante uma coletiva de imprensa na Casa Branca, após uma reunião entre Trump e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. O documento apresenta 20 pontos que incluem um cessar-fogo permanente, a liberação de reféns retidos pelo Hamas e por Israel, a criação de um governo temporário sob supervisão internacional e a exclusão do Hamas da futura administração palestina. Além disso, há um compromisso de que Israel não irá anexar a Faixa de Gaza.

O plano teve o apoio de oito países árabes, que se manifestaram em um comunicado conjunto, descrevendo a proposta como um “esforço sincero” para terminar a guerra e abrir um novo caminho para a paz na região.

A situação em Gaza e o plano de Trump mudaram as diretrizes da UEFA, que estava enfrentando forte pressão internacional para excluir Israel de competições esportivas. Especialistas independentes das Nações Unidas haviam solicitado um tratamento similar ao que foi dado à Rússia, que foi banida das competições após a invasão da Ucrânia em 2022, citando as graves violações de direitos humanos. Também houve apoio à suspensão por parte de federações como a da Turquia e a da Noruega.

Lise Klaveness, presidente da Federação Norueguesa de Futebol, expressou que, assim como a Rússia havia sido excluída, Israel também deveria ser. Ela destacou que a renda do próximo jogo da Noruega contra Israel, previsto para o dia 11 de outubro, seria destinada à ajuda humanitária em Gaza. No entanto, a realização do jogo pode estar sob risco de cancelamento.

Na Espanha, o primeiro-ministro Pedro Sánchez também se manifestou a favor da exclusão de Israel e o Congresso está avaliando a chance de a seleção nacional não participar da Copa do Mundo de 2026, caso Israel se classifique. Essa manifestação ocorreu em meio a protestos a favor da Palestina durante a Vuelta a Espanha, quando o percurso foi invadido por cerca de 100 mil manifestantes contra a presença da equipe israelense.

Além das federações de futebol, um grupo de 50 atletas de diversas modalidades enviou uma carta à UEFA solicitando a suspensão de Israel. Na carta, que foi coordenada pela Nujum Sports e divulgada pela organização Athletes 4 Peace, os atletas condenam a inação diante do que consideram um genocídio em andamento.

Por outro lado, os Estados Unidos, que são um dos três países-sede da próxima Copa do Mundo, reafirmaram sua posição contra qualquer sanção. Um porta-voz do Departamento de Estado afirmou que o país trabalhará para impedir qualquer tentativa de banir a seleção de Israel do Mundial.

Produção Editorial

Conteúdo desenvolvido pela equipe de produção editorial e parceiros.
Botão Voltar ao topo