Um projeto em Santa Catarina, chamado “Converte”, tem como objetivo transformar veículos a combustão em elétricos, buscando demonstrar que essa mudança é tanto viável financeiramente quanto benéfica para o meio ambiente. Iniciado há um ano, o projeto já está em sua segunda fase e recebeu um total de R$ 12 milhões em investimentos.
O projeto é uma colaboração entre a Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina) e o IFSC (Instituto Federal de Santa Catarina). Na primeira fase, os automóveis Fiorino, Strada e Kwid foram convertidos em versões totalmente elétricas. Esses veículos já estão sendo testados em diversas instituições, como a Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) e a Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC).
Os primeiros resultados mostram que a conversão de veículos para elétricos pode reduzir os custos de operação em até cinco vezes, o que representa uma economia significativa para os usuários. Além disso, a conversão contribui para a redução da emissão de dióxido de carbono, com estimativas indicando que, após percorrer 15 mil quilômetros, um veículo pode deixar de liberar cerca de uma tonelada desse gás poluente.
Atualmente, a segunda fase do projeto foca na criação de novos protótipos e na validação das tecnologias desenvolvidas, além do registro de novas patentes. O presidente da Celesc, Tarcísio Rosa, ressaltou que a iniciativa traz impactos positivos para o meio ambiente e é um exemplo de inovação.
Daniel Godoy Costa, coordenador técnico do projeto e professor do IFSC, destacou a relevância dessa parceria entre o setor elétrico e a educação pública, enfatizando que o trabalho conjunto pode colocar Santa Catarina como referência em inovação sustentável.
Além disso, o projeto tem planos de se expandir para incluir veículos maiores, como caminhões e ônibus elétricos. Para esse avanço, foi prevista uma contribuição de R$ 1,5 milhão da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), com previsão de início em 2026. Essa expansão poderá ampliar ainda mais os benefícios econômicos e ambientais da iniciativa.
