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Trump ameaça tarifas de 50% ao Brasil se não parar julgamento de Bolsonaro –

Na quarta-feira, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou uma série de cartas a parceiros comerciais ao redor do mundo, informando sobre o aumento das tarifas de importação que podem chegar a até 50% para produtos exportados para os Estados Unidos. O Brasil foi citado em particular, com Trump afirmando que o país “não tem sido bom para nós, de jeito nenhum”.

A declaração de Trump vem em um momento em que o Brasil, sob a gestão do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está lidando com a tentativa de Bolsonaro, seu ex-presidente, de contestar as eleições de 2022. Bolsonaro está sendo julgado por suspeitas de tentar organizar um golpe e, mesmo tendo se aproximado de Trump durante seu mandato, agora encontra-se em uma posição desfavorável.

Trump descreveu o julgamento de Bolsonaro como uma “caça às bruxas” que deveria terminar imediatamente. A assessoria de Trump também comunicou novos níveis de tarifas a outros 21 países, enquanto o Brasil não estava listado para receber tarifas equivalentes, pois as exportações do Brasil para os Estados Unidos já enfrentam uma tarifa mínima de 10%.

Além disso, em 2022, os Estados Unidos tiveram um superávit comercial significativo com o Brasil, totalizando 6,8 bilhões de dólares, indicando que as exportações dos EUA para o Brasil foram maiores do que as importações.

O uso de tarifas como estratégia de negociação não é novo para Trump. Recentemente, ele já havia ameaçado aplicar tarifas de 25% sobre produtos colombianos se o país não aceitasse receber deportados dos EUA. Ele também impôs tarifas sobre o comércio com países como México, Canadá e China, acusando-os de facilitar a migração ilegal e a entrada de drogas nos EUA.

As cartas enviadas na quarta-feira incluíram países como Filipinas, Sri Lanka, Moldávia, Brunei, Argélia, Líbia e Iraque, com tarifas que variam até 30%. Estas novas tarifas entrarão em vigor no dia 1º de agosto, dependendo das negociações.

Em suas mensagens, Trump indicou que cada carta representa uma tentativa de negociação, mas alguns países não percebem os avisos da mesma forma. Em geral, Trump mencionou a preocupação com os déficits comerciais, enfatizando que os Estados Unidos compram mais desses países do que conseguem exportar para eles, e que as tarifas também estão sendo impostas em resposta a políticas que ele considera prejudiciais ao comércio americano.

Trump também tem incentivado líderes mundiais a fabricar produtos nos Estados Unidos para evitar tarifas. Caso esses países decidam retaliar com tarifas mais altas sobre produtos americanos, Trump sinalizou que isso também poderia resultar em um aumento das tarifas em seus produtos que entram nos EUA.

Na atual rodada de cartas, Trump já enviou 22 notificações a líderes de diferentes nações. O prazo inicial para a conclusão de acordos comerciais, estabelecido por ele como 1º de agosto, foi prorrogado após o prazo original de três meses.

Bolsonaro, amplamente conhecido como o “Trump dos Trópicos”, responde a um julgamento em que é acusado de conluio para reverter os resultados das eleições. Ele enfrenta diversas acusações, incluindo planos que teriam como alvo a segurança do presidente Lula. Bolsonaro nega qualquer irregularidade.

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