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Tumultos em Angola deixam 22 mortos e 197 feridos em dois dias –

Publicada em 30 de julho de 2025, a situação dos taxistas em Angola evoluiu após dois dias de greve que resultaram em vários episódios de violência. O ministro da Administração Interna, Manuel Homem, afirmou que a ordem foi restabelecida nas ruas, destacando que a segurança no país é agora calma.

Durante a greve, os tumultos causaram a morte de 22 pessoas, incluindo um policial, e deixaram 197 feridos. Além disso, o número de detenções subiu para 1.214 em apenas dois dias. As manifestações foram mais intensas nas províncias de Luanda, Huíla, Huambo e Ícolo e Bengo, mas, segundo o governo, a desordem foi contida.

Na terça-feira, os tumultos se intensificaram, com pilhagens em lojas e destruição de veículos, tanto públicos quanto privados na capital. Houve confrontos entre a polícia e grupos de jovens em vários bairros de Luanda. Em decorrência disso, muitos estabelecimentos comerciais, como mercados informais e postos de gasolina, permaneceram fechados, e as ruas ficaram desertas, com a população preferindo ficar em casa.

O subcomissário da Polícia Nacional, Mateus Rodrigues, informou que as forças de segurança estavam mais atentas e atuaram de forma firme, o que ajudou a restaurar a ordem por volta das 16h.

Os ônibus do Transporte Coletivo Urbano de Luanda, conhecidos como TCUL, devem retomar a operação a partir das 11h de quarta-feira, como parte de medidas de segurança para proteger os cidadãos.

Embora a Associação Nacional dos Taxistas de Angola tenha anunciado o fim da greve de três dias, a delegação em Luanda decidiu continuar a paralisação. Os táxis angolanos, conhecidos como candongueiros, são uma alternativa aos transportes públicos escassos no país. Recentemente, o preço do diesel aumentou em 30%, o que levou a um aumento nas tarifas desses veículos, muito utilizados pela população.

Esse aumento de preços é resultado da redução gradual dos subsídios aos combustíveis, uma medida do governo angolano para tentar estabilizar a economia. Além da crise fiscal, o país enfrenta a pressão de uma dívida externa de cerca de 9 bilhões de dólares a ser paga no próximo ano, e a dependência das receitas do petróleo torna Angola vulnerável a oscilações nos preços internacionais do crude.

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