Vitória de Fátima Bosch, que saiu de evento no México, surpreende

Fatima Bosch é coroada a nova Miss Universo em meio a polêmicas
A mexicana Fatima Bosch, de 25 anos, foi coroada como a nova Miss Universo na cerimônia realizada na Tailândia, encerrando uma temporada repleta de escândalos nesta tradicional competição de beleza. A vitória de Bosch marca a quarta vez que uma candidata do México recebe a coroa.
Antes de conquistar o título, Fatima enfrentou um episódio controverso em um evento pré-concursus, onde foi públicamente repreendida pelo organizador Nawat Itsaragrasil por não cumprir com uma exigência de postagem nas redes sociais. Durante o incidente, ele ameaçou desqualificar outras participantes que a apoiaram, o que levou à sua saída do evento, seguida pela solidariedade de outras competidoras.
Após essas ocorrências, duas juradas renunciaram, uma delas acusando os organizadores de manipulação do resultado do concurso. A Miss Universo, que é uma das competições de beleza mais antigas do mundo, é de origem estadunidense, mas nos últimos anos passou a contar com a influência crescente de fãs de países do Sudeste Asiático, especialmente Tailândia, Filipinas e Indonésia.
Os resultados do concurso, ocorridos na Tailândia, mostraram Praveenar Singh como a segunda colocada, enquanto outras finalistas incluíram representantes da Venezuela, Filipinas e Costa do Marfim. Com esta edição, a Miss Universo busca se adaptar às mudanças nas mídias sociais, tentando manter a relevância entre o público ao evolucionar de um evento de TV anual para uma marca de mídia ativa nas plataformas online.
Turbulência nas preparações do evento
Esta edição da Miss Universo ocorreu sob a organização de Nawat Itsaragrasil, que também é conhecido por fundar o concurso Miss Grand International, bem como pelo seu engajamento nas redes sociais. O empresário mexicano Raul Rocha está à frente da organização, após mudanças na direção geral após a saída de Anne Jakrajutatip, CEO anterior do evento.
As críticas ao evento não se limitaram à sua organização, pois um incidente ocorrido durante a apresentação do vestido de gala levou a Miss Jamaica a sofrer uma queda, necessitando de atendimento médico. Essa série de polêmicas deixa claro que a transição da direção do concurso tem sido complicada, com um novo CEO sendo nomeado em meio a uma estrutura de liderança confusa e fragmentada.
Um analista de cultura e estudos de gênero destacou a necessidade dos organizadores entenderem as diferenças culturais entre os participantes, algo que nem sempre foi levado em consideração, levando a desentendimentos que afetaram a dinâmica do concurso.
Desafios e futuro da Miss Universo
O declínio nas audiências das transmissões de Miss Universo também reflete uma mudança nas expectativas do público, que tem buscado novas formas de se conectar com as competidoras. A crescente popularidade das redes sociais com ex-representantes e aspirantes a influencers criou um novo cenário onde a beleza não se restringe mais às passarelas.
Porém, a competição continua a ser um espaço importante de empoderamento para as mulheres, que frequentemente usam suas plataformas para promover causas sociais. Apesar das críticas comuns em relação à objetificação feminina, o concurso busca formas de incluir valores que enfatizam o fortalecimento da mulher, onde as regras de apresentação, como o uso de biquíni, estão se tornando mais flexíveis para respeitar a diversidade cultural das participantes.
A nova direção do Miss Universo tem como objetivo fazer com que a organização não perca sua essência de empoderamento. A recente coroação de Bosch representa uma tentativa de renovação e adaptação às novas realidades sociais e culturais da competição de beleza.




