Em 1988, um ano marcado por grandes lançamentos no cinema como “Quero Ser Grande”, “Rain Man” e “Duro de Matar”, também trouxe uma produção inusitada: “Meu Amante é de Outro Mundo”. Esse musical de ficção científica é lembrado por sua excentricidade, especialmente pelo desempenho de Jim Carrey, que aparece coberto por uma pelúcia vermelha.
No filme, Carrey interpreta Wiploc, um dos três alienígenas do planeta Jhazzala que acidentalmente caem na piscina de Valerie, uma manicure do San Fernando Valley, papel de Geena Davis. Os outros alienígenas são interpretados por Damon Wayans e Jeff Goldblum. Durante suas aventuras na Terra, eles se divertem e flertam, refletindo um espírito leve e divertido característico de férias da juventude.
Wiploc é descrito como uma criatura enérgica, com uma língua comprida e gestos exagerados, muito semelhantes aos traços cômicos de Carrey. Antes de ganhar fama com “Ace Ventura” e “O Máskara”, Carrey se destaca neste filme por se entregar completamente ao personagem, em um enredo que hoje em dia seria considerado bem ousado.
Dirigido por Julien Temple, conhecido por seus videoclipes, “Meu Amante é de Outro Mundo” é baseado em um roteiro da comediante Julie Brown. A produção mistura humor físico, momentos surreais e performances musicais, evocando a estética de videoclipes da época, como os de Cyndi Lauper. Os efeitos especiais são simples e os cenários são coloridos, lembrando um mundo de fantasia.
Apesar de não ser um clássico, o filme se destaca por seu caráter inovador e pela maneira como os atores se entregam a um projeto que abraça o absurdo. O carisma do elenco é um dos pontos fortes da produção, com Julie Brown frequentemente se destacando em suas cenas.
Embora “Meu Amante é de Outro Mundo” não possa ser considerado uma obra-prima, ele representa uma audácia no cinema, trazendo à vida um dos personagens mais singulares da carreira de Jim Carrey.
