Um grupo de ativistas e alguns vereadores de Nottingham estão pedindo que a Prefeitura de Nottingham reconsidere a realização do show do cantor de heavy metal Marilyn Manson no Motorpoint Arena, que está agendado para o dia 2 de novembro.
O início da turnê de Manson no Reino Unido, que aconteceria em Brighton no dia 26 de outubro, foi cancelado em junho deste ano, após uma série de alegações contra o artista. O evento em Brighton, intitulado “One Assassination Under God”, foi cancelado em resposta à pressão de um grupo de ativistas e preocupações levantadas pela deputada do Partido Verde, Sian Berry.
Marilyn Manson, cujo nome verdadeiro é Brian Warner, é um cantor com uma carreira marcada por controvérsias. A performance programada em Nottingham gerou um movimento que pede a suspensão do evento. O vereador Alex Norris, do Partido Trabalhista, encaminhou uma carta ao Motorpoint Arena solicitando que a reserva de Manson seja reavaliada.
A administração do Motorpoint Arena, que pertence à Prefeitura de Nottingham, afirmou que a decisão sobre a programação de eventos é única e exclusivamente responsabilidade da arena. No entanto, há vozes críticas que acreditam que a Prefeitura deveria ter um papel maior nessas decisões.
Bjorn, cofundador do grupo Male Allies Challenging Sexism, expressou sua decepção com a situação, ressaltando que Nottingham costuma se posicionar em relação a questões de moralidade e apoio às vítimas de violência de gênero. Jeff, outro ativista, também destacou que a Prefeitura deveria demonstrar uma liderança moral em casos como este.
A vereadora Georgia Power, do Partido Trabalhista, pretende levar as preocupações ao conhecimento da Prefeitura e solicitar à administração do arena o cancelamento do show. Ela comentou que a realização do evento pode enviar uma mensagem negativa às mulheres da cidade.
Outro vereador, Matt Shannon, que representa a região onde se localiza o Motorpoint Arena, também se manifestou contra a decisão de realizar o evento. Uma representante da arena se absteve de fazer comentários, reforçando que a programação é uma decisão da administração do local.
Nos Estados Unidos, os promotores responsáveis pela investigação de Manson decidiram, em janeiro, não apresentar acusações contra ele, devido à natureza antiga das alegações e à falta de evidências suficientes. As investigações do xerife do Condado de Los Angeles estavam relacionadas a supostos incidentes ocorridos entre 2009 e 2011, os quais Manson negou, chamando-os de “falsidades”.
