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Tailandia denuncia Camboya por ações inumanas na fronteira –

Conflito entre Tailândia e Camboja resulta em mortes e tensões diplomáticas

Na última quinta-feira, ocorreram intensos confrontos entre tropas tailandesas e cambojanas ao longo da fronteira disputada, deixando pelo menos 11 mortos e várias pessoas feridas. Essa escalada de violência foi marcada por ataques de artilharia e o uso de mísseis que atingiram áreas civis, incluindo uma gasolinera que resultou em várias fatalidades.

Os combates começaram nas proximidades do templo de Prasat Ta Moan Thom, uma antiga construção reivindicada por ambos os países. Durante a manhã, disparos foram ouvidos em diferentes pontos da fronteira, incluindo as províncias de Preah Vihear, no Camboja, e Surin, na Tailândia. Imagens divulgadas nas redes sociais mostraram civis correndo em direção a bunkers enquanto explosões eram escutadas.

Além das vítimas fatais, cerca de 14 pessoas ficaram feridas. A população da província tailandesa de Surin passou por momentos de pânico, com muitos moradores buscando abrigo em bunkers improvisados. As autoridades locais alertaram sobre o risco de novos ataques e pediram que a população permanecesse em segurança.

O exército tailandês responsabilizou Camboja por ferimentos em cinco soldados devido a um ataque com minas terrestres, afirmando que novas explosões ocorreram em áreas consideradas seguras. Por outro lado, Camboja negou as acusações, sugerindo que as explosões poderiam se referir a artefatos não detonados de conflitos passados.

Diante da gravidade da situação, o governo tailandês lançou ataques aéreos contra alvos militares cambojanos. A crescente tensão gerou um impasse diplomático entre os dois países, que expulsaram seus embaixadores e se acusam mutuamente de provocar os confrontos. A disputa entre eles tem raízes históricas que remontam a um tratado colonial de 1907, envolvendo áreas ricas em patrimônio cultural e recursos.

Além das provocações mútuas, lideranças internacionais também se manifestaram. O primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, expressou preocupação com o aumento das hostilidades e anunciou que tentaria dialogar com os líderes de ambos os lados. A Malásia, que preside a Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), convocou os dois países a buscarem negociações.

China, por sua vez, também se pronunciou, expressando “profunda preocupação” com a escalada e pedindo que os países resolvam suas diferenças de maneira pacífica. A posição de Pequim será neutra, mas mantendo um olhar atento à desestabilização da região.

Enquanto isso, Camboja solicitou uma reunião urgente do Conselho de Segurança das Nações Unidas para discutir o que classificou como uma “agressão militar premeditada” da Tailândia. O primeiro-ministro cambojano, Hun Manet, detalhou os ataques ocorridos e pediu uma resposta internacional à situação.

A situação permanece tensa e, enquanto os combates persistem, a população civil continua a viver sob a constante ameaça de violência.

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