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Lula busca recuperar influência do PT em São Paulo –

O presidente Lula lançou uma nova fase do Programa de Aceleração do Crescimento, conhecido como PAC, em Osasco, São Paulo, nesta sexta-feira, 25 de agosto. O evento teve como objetivo atrair a atenção para regiões onde o Partido dos Trabalhadores (PT) perdeu apoio nas últimas eleições.

A cerimônia ocorreu no Jardim Rochdale, um bairro que enfrenta altos índices de vulnerabilidade social. O evento contou com a participação de aliados políticos que desejam concorrer nas eleições de 2026, mas a presença dos prefeitos opositores que receberão os recursos foi escassa.

Entre os presentes estavam deputados federais e estaduais do PT e do PSOL, assim como o ministro do Empreendedorismo, Márcio França, do PSB. Ele é considerado um possível candidato ao governo do estado e recebeu apoio do PT, embora o PSOL ainda não tenha definido sua posição sobre essa aliança.

Lula anunciou um total de R$ 4,7 bilhões em recursos, sendo que R$ 2,5 bilhões serão destinados a municípios de São Paulo. As cidades escolhidas fazem parte do chamado “cinturão vermelho”, áreas históricas da Grande São Paulo com forte presença sindical e que tradicionalmente votam no PT, como Caieiras, Embu das Artes, São Bernardo do Campo, além de diversas periferias da capital.

O governo federal afirmou que a destinação desses recursos não tem caráter eleitoral. O Ministério das Cidades explicou que os projetos dos municípios beneficiados foram selecionados com base em sua viabilidade de execução. A nota oficial do ministério destacou que a liberação dos recursos depende da apresentação de propostas que sejam aprovadas pelo governo.

As obras previstas para as áreas periféricas visam melhorar a infraestrutura urbana e envolvem iniciativas em diversas áreas, como habitação, meio ambiente e acesso a serviços públicos.

Apesar da importância dos recursos e do convite formal, prefeitos de cidades que serão contempladas, a maioria de partidos da centro-direita, decidiram não comparecer ao evento. O governador Tarcísio de Freitas, do Republicanos, também não esteve presente, tendo passado a semana no interior do estado após enfrentar críticas sobre sua resposta às taxas impostas pelos Estados Unidos. Sua primeira reação ao anúncio de uma sobretaxa de 50% foi direcionar a culpa a Lula.

Durante seu discurso, o presidente Lula fez uma crítica sutil ao governador ao afirmar que sempre convida autoridades locais para participar de seus eventos, independentemente de suas afilições partidárias, e que seu objetivo é institucional.

A única exceção entre os prefeitos foi Gerson Pessoa, do Podemos, que é o atual prefeito de Osasco e foi reeleito com 75,28% dos votos, obtendo ainda 79,75% no bairro onde o evento aconteceu. Ele foi recebido com vaias pela multidão, composta majoritariamente por apoiadores do PT. O deputado estadual Emídio de Souza, também do PT, que busca se consolidar como candidato à prefeitura em 2028, recebeu apenas 12,91% dos votos na mesma região.

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