A recente transferência de Richard Ríos para o Benfica, por 30 milhões de euros, impactou diretamente o planejamento do Palmeiras para o restante da temporada. O clube paulista recebeu aproximadamente 135,8 milhões de reais, o que corresponde a 70% do valor total da transação.
Com a saída de Ríos, a diretoria do Palmeiras priorizou a contratação de um novo volante para preencher a vaga deixada pelo jogador colombiano. Um dos nomes em destaque é o de Nelson Deossa, que atualmente defende o Monterrey, do México. O clube mexicano exige 16 milhões de dólares, cerca de 89 milhões de reais, para liberar o atleta. A cláusula de rescisão do jogador é de 20 milhões de dólares. Deossa possui um contrato que vai até 2028 e um salário estimado em 800 mil dólares por ano. Apesar dos altos custos envolvidos, o Palmeiras está disposto a fazer um investimento e planeja enviar uma proposta oficial até o final de julho.
Nelson Deossa, de 25 anos e 1,85m de altura, é um jogador canhoto versátil, capaz de atuar em diversas posições no meio-campo. Ele foi revelado pelo Atlético Huila e passou por clubes como Estudiantes, Júnior Barranquilla, Atlético Nacional e Pachuca, até ser contratado pelo Monterrey em janeiro de 2025, por 5,8 milhões de euros. No Monterrey, neste ano, ele já participou de 29 jogos, marcando sete gols e contribuindo com uma assistência. Seu desempenho no Mundial de Clubes de 2024 foi notável, especialmente ao marcar contra o Botafogo na semifinal, onde teve uma taxa de acerto nos passes de 84%, além de ter recuperado 24 bolas e vencido 30 duelos em quatro partidas.
Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, acredita que Deossa se encaixa bem no estilo de jogo da equipe, que valoriza volantes com boa capacidade defensiva e de transição. A contratação do colombiano complementaria as características de Aníbal Moreno e Lucas Evangelista, que foi titular na recente vitória sobre o Atlético-MG.
Atualmente, o Palmeiras ocupa a 4ª posição no Campeonato Brasileiro, com 26 pontos em 13 jogos. O time também está nas oitavas de final da Libertadores, enfrentando o Universitário, e mira o Mundial de Clubes como um dos principais objetivos desta temporada.
Entretanto, a negociação por Deossa enfrenta concorrência de clubes europeus, como Roma e Real Betis, que já manifestaram interesse pelo jogador. Além disso, o West Ham está prestes a fazer uma proposta formal, aumentando a preocupação do Palmeiras sobre a possibilidade de perder o atleta para o futebol inglês. O agente de Deossa considera essa transferência para a Premier League ideal para a carreira do jogador, o que gerou um aumento na cautela da diretoria palmeirense em relação às negociações.
Diante das incertezas em torno de Deossa, o Palmeiras também avalia a contratação de Marcel Ruiz, do Toluca. Ruiz sempre foi considerado uma opção viável para a posição de volante. Recentes informações indicam que o Palmeiras já apresentou uma proposta significativa por ele, que poderá ser aprimorada caso não surjam ofertas mais atraentes de clubes europeus.
Nas redes sociais, torcedores do Palmeiras mostram entusiasmo pela possibilidade de Deossa se juntar à equipe, especialmente após seu bom desempenho no Mundial de Clubes. Contudo, o alto investimento de 89 milhões de reais gerou algumas dúvidas, uma vez que se equipara a contratações famosas, como a de Dudu, em 2015. Apesar disso, a torcida confia na política de contratações do clube, que já revelou talentos como Gabriel Jesus e Endrick.
O Palmeiras está em busca de uma decisão rápida sobre a contratação de Deossa. A proposta oficial deve ser encaminhada até o final do mês, dependendo de ajustes financeiros e da aceitação do Monterrey quanto à forma de pagamento. O clube mexicano espera contar com Deossa em seu próximo jogo contra o Atlas, visto que o jogador está em fase de recuperação de uma lesão no tornozelo.
Com um calendário competitivo pela frente, o Palmeiras procura reforços pontuais para garantir sua competitividade em todas as competições. A reposição de Richard Ríos é vista como essencial, e, por enquanto, Nelson Deossa continua sendo o nome mais cogitado, a não ser que a concorrência europeia interfira de forma significativa.
