Na madrugada de sábado, 26 de agosto, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, do MDB, procurou negociar a saída de deputados bolsonaristas que estavam acampados na Praça dos Três Poderes, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). O governador afirmou que seu objetivo era resolver a situação de forma pacífica.
Ibaneis explicou que não tinha nada contra as manifestações, mas destacou que o cenário atual não é o desejado. Ele disse que não foi eleito para essa situação. Durante a conversa com os deputados federais Hélio Lopes, do PL do Rio de Janeiro, e Coronel Chrisóstomo, do PL de Rondônia, além de seus advogados, o governador se mostrou aberto ao diálogo.
A visita de Ibaneis ocorreu após uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que, na noite anterior, ordenou a retirada imediata dos parlamentares acampados no local. Moraes também notificou o governador para evitar a formação de novos acampamentos na área, alertando que ele poderia ser responsabilizado se não cumprisse essa ordem.
Enquanto conversava com os deputados, Ibaneis reafirmou seu compromisso com uma resolução pacífica. Ele se colocou como alguém que acredita no diálogo e na democracia, ressaltando que os problemas devem ser resolvidos nas urnas.
Logo após o diálogo, Hélio Lopes e Coronel Chrisóstomo anunciaram que iriam deixar a Praça dos Três Poderes. No mesmo dia, o ministro Alexandre de Moraes também determinou a proibição de qualquer tipo de acampamento a um quilômetro de distância da Praça dos Três Poderes, dos quartéis das Forças Armadas e da Esplanada dos Ministérios, citando eventos ocorridos em 8 de janeiro como justificativa para essa medida.
A Praça dos Três Poderes foi interditada na manhã de sábado pela Polícia Militar do Distrito Federal e permaneceu fechada para visitação pública no dia seguinte, 27 de agosto.
