Sushila Karki foi nomeada nova primeira-ministra interina do Nepal e afirmou que ficará no cargo por um período máximo de seis meses. Em sua primeira declaração após assumir a posição, Karki revelou que aceitou o cargo em resposta às manifestações populares.
Ela explicou que sua decisão veio em meio a protestos que exigem mudanças no governo, incluindo o combate à corrupção e a promoção da igualdade econômica. O país passou por intensos protestos após a proibição de plataformas de redes sociais, que começaram no dia 8 de setembro. Esses protestos resultaram em uma onda de violência, deixando pelo menos 72 mortos, entre eles três policiais. Durante os tumultos, também houve destruição de propriedades públicas, como a sede do Parlamento.
Karki tomou posse após um acordo com os líderes do movimento “Geração Z”, que é composto principalmente por jovens que clamam por um governo mais transparente e justo. A nova primeira-ministra se mostrou comprometida a trabalhar de acordo com as demandas dessa nova geração.
Além de restaurar a ordem no país e reconstruir os edifícios danificados, a liderança de Karki enfrentará o desafio de acalmar os manifestantes e garantir que a democracia do Nepal permaneça estável. Ela é uma ex-presidente da Suprema Corte e é conhecida por sua imagem de integridade, apesar de ter enfrentado polêmicas em seu passado.
Karki enfatizou a importância de atender às preocupações dos jovens que participaram dos protestos e afirmou que seu governo se comprometerá a promover uma administração mais ética e igualitária. A primeira-ministra deverá também preparar o terreno para as próximas eleições, marcadas para o dia 5 de março do próximo ano, quando um novo governo será formado.
