Petrobras paga R$ 11,7 bi em dividendos; confira seus direitos

A primavera começa nesta segunda-feira, 22 de setembro, trazendo, além da estação das flores, uma boa notícia para os acionistas da Petrobras. A empresa vai pagar a segunda parte de um total de R$ 11,7 bilhões em proventos, que são uma forma de remuneração para os investidores, referente ao exercício de 2025.
Cada ação preferencial e ordinária receberá R$ 0,30 como dividendo. Além disso, os investidores também receberão R$ 0,14 sob a forma de juros sobre capital próprio (JCP). Para ter direito a receber esses valores, é necessário estar registrado como acionista até o dia 2 de junho deste ano, que é a data limite para o pagamento.
As ações da Petrobras passaram a ser negociadas sem o direito aos proventos em 3 de junho de 2025. Aqueles que possuem American Depositary Receipts (ADRs) em Nova York devem observar que a data limite para eles é 4 de junho de 2025.
A primeira parte da remuneração, também totalizando R$ 11,7 bilhões, foi paga em 20 de agosto deste ano. Na ocasião, cada ação recebeu R$ 0,45, integralmente na forma de JCP. É importante destacar que os dividendos são isentos de imposto de renda, enquanto os juros sobre capital próprio estão sujeitos a uma alíquota de 15%.
Os investidores da Petrobras estão ansiosos pela divulgação do plano de negócios para o período de 2026 a 2030, que deve acontecer em novembro. Este plano visa uma redução de custos de US$ 8 bilhões ao longo de cinco anos, uma medida necessária devido à queda nos preços do petróleo.
Analistas do BTG Pactual destacam que a divulgação do plano será um momento importante, mas alertam que sua validade pode ser limitada a um ano. Isso se deve ao ciclo eleitoral de 2026, que pode trazer mudanças na gestão da empresa. A redução de despesas operacionais e de capital em US$ 1 bilhão poderia aumentar o rendimento dos dividendos para 2026 em aproximadamente 0,5 pontos percentuais. No entanto, investimentos significativos em 2025, que totalizam cerca de US$ 2,5 bilhões, poderiam diminuir o rendimento para 2025 em cerca de 1,2 pontos percentuais, deixando-o em 8%.