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Dominância de Trump entre republicanos começa a mostrar sinais de fraqueza

A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou quase por unanimidade um projeto de lei que exige a liberação dos arquivos relacionados ao caso do bilionário Jeffrey Epstein. Essa decisão marca um momento significativo que reflete a diminuição da influência do ex-presidente Donald Trump sobre os parlamentares do Partido Republicano. Especialistas observam que, pela primeira vez, há um racha na base de apoio de Trump, com membros do partido começando a se distanciar de suas orientações, demonstrando um aumento na disposição para contestar o ex-presidente.

Na semana passada, a deputada republicana Lauren Boebert, do Colorado, destacou-se ao anunciar apoio à proposta sobre a liberação dos arquivos, desafiando a orientação do governo de Trump e do partido. Para tentar reverter sua posição, Boebert foi召ada para uma reunião na Casa Branca, onde o diretor do FBI, Kash Patel, e a procuradora-geral, Pamela Bondi, tentaram convencê-la a mudar de ideia. No entanto, a reunião não teve o efeito desejado, sendo considerada improdutiva pelos funcionários do governo.

Boebert não é a única parlamentar republicana a desafiar Trump. A deputada Marjorie Taylor Greene, da Geórgia, também tem criticado publicamente o ex-presidente e apoiado a divulgação dos arquivos do caso Epstein. Essa postura levou Trump a atacar Greene publicamente e sinalizar que retiraria seu apoio nas próximas primárias do partido, que ocorrerão em 2026.

Trump expressou seu descontentamento na rede social Truth Social, dizendo que há conservadores em seu distrito que desejam desafiá-la nas primárias, mostrando que seu suporte está diminuindo. O caso Epstein, que terminou com a morte do bilionário na prisão em 2019, continua a gerar controvérsias, pois envolve acusações de abuso sexual de menores e tráfico de pessoas, envolvendo figuras influentes nos Estados Unidos e na Europa.

Após meses de oposição, Trump anunciou que poderia apoiar a liberação dos documentos, caso o projeto fosse aprovado no Legislativo. A proposta agora segue para votação no Senado.

Além deste episódio, a recente paralisação do governo americano, que durou 43 dias e foi encerrada recentemente, evidenciou a perda de controle de Trump sobre sua base. Apesar do apoio dos parlamentares republicanos durante a paralisação, o Senado, que é dominado por republicanos, ignorou os pedidos de Trump para eliminar o filibuster, uma regra que dificulta a aprovação de projetos com o requerimento de 60 votos.

Na batalha pelo filibuster, Trump teve conflitos com o senador republicano Lindsey Graham, da Carolina do Sul, e expressou frustração com seus assessores, reclamando que os republicanos estavam desinteressados em atender aos seus pedidos.

Além disso, a proposta para redesenhar os mapas eleitorais em Indiana também não teve o resultado esperado, mesmo com os esforços de Trump, que incluiu visitas e telefonemas. A resistência dos legisladores à pressão para modificar os limites distritais também foi evidente no Kansas. Esses exemplos ressaltam a crescente dificuldade de Trump em manter sua influência sobre o Partido Republicano.

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