Trump anuncia indulto ao ex-presidente hondurenho preso nos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na sexta-feira que concederá indulto ao ex-presidente de Honduras, Juan Orlando Hernández. Hernández foi condenado em 2024 a 45 anos de prisão nos EUA por envolvimento em tráfico de drogas. Esse anúncio ocorre poucos dias antes das eleições presidenciais em Honduras, que estão marcadas para domingo.
Trump explicou sua decisão em uma publicação na rede social Truth Social, afirmando que Hernández foi tratado com severidade e injustiça. O ex-presidente sugere que muitas pessoas respeitáveis compartilham dessa visão. Essa declaração ocorre em um contexto onde Trump, conhecido por suas opiniões sobre política internacional, incentivou os eleitores hondurenhos a apoiarem Nasry “Tito” Asfura, candidato de direita e membro do partido de Hernández.
Trump reiterou sua confiança em Asfura, afirmando que, se ele vencer a eleição, os Estados Unidos apoiarão suas políticas e iniciativas em benefício do povo hondurenho. Em contrapartida, o presidente americano advertiu que, se outro candidato vencer, os EUA não investirão recursos, argumentando que um líder inadequado poderia levar a resultados desastrosos para o país.
Asfura, empresário da construção civil e ex-prefeito de Tegucigalpa, a capital do país, está em uma disputa acirrada contra Rixi Moncada, do Partido Libre, e Salvador Nasralla, do Partido Liberal. Após o anúncio de Trump, Asfura se manifestou à imprensa, afirmando que não tem ligação com Hernández e destacou que o partido não é responsável por ações pessoais de seus membros. Ele expressou satisfação com o apoio de Trump.
Hernández foi presidente de Honduras de 2014 a 2022 e, pouco depois de deixar o cargo, foi extraditado para os Estados Unidos. Em março de 2024, um tribunal em Nova York declarou-o culpado de facilitar o tráfego de grandes quantidades de cocaína para os EUA, principalmente da Colômbia e da Venezuela, com essas atividades tendo início em 2004, antes de sua presidência.
Após a condenação, o procurador-geral do ex-presidente Joe Biden, Merrick Garland, declarou que Hernández abusou de seu cargo para apoiar uma das organizações de narcotráfico mais abrangentes e violentas do mundo.




