Na semana do jogo contra o São Paulo, pelas quartas de final da Libertadores, muitos acreditavam que o campeão do torneio sairia desse confronto. As duas partidas foram bastante intensas. No Morumbi, a equipe venceu por 1 a 0, mas o São Paulo conseguiu empatar. Apesar da pressão do adversário, o time se manteve firme e levou a decisão para os pênaltis. Após passar para a próxima fase, a confiança dos jogadores aumentou consideravelmente.
A construção da mentalidade de ser campeão ocorreu jogo a jogo. A cada vitória, a confiança crescia, mas, durante a semana da final, o verdadeiro peso da decisão não era sentido. A equipe estava concentrada nos jogos seguintes. Um desses desafios foi contra o Palmeiras, no Allianz Parque, considerado crucial para a temporada, seguido da decisão contra o Atlético-MG na Libertadores e um importante jogo do Brasileirão contra o Internacional. Cada partida era encarada como uma final.
Um dia antes da final, os jogadores fizeram o reconhecimento do gramado. Nesse momento, muitos relembraram suas trajetórias até ali e mentalizaram suas ações para o dia seguinte, quando o estádio estaria cheio de torcedores.
No dia do jogo, a rotina começou com o café da manhã e uma descontração com os companheiros na fisioterapia. O jogador se preparou fisicamente através de alongamentos e mobilidade antes do aquecimento. Ele pediu proteção para si e para os colegas e, como de costume, entrou em campo focado.
Ao entrar no campo, ele tentou manter a profissionalismo, apesar das emoções. No entanto, no início da partida, um incidente alterou tudo. Ele foi expulso apenas 29 segundos após o apito inicial. O jogador tentou interceptar a bola, mas escorregou e, ao alcançar o adversário, acabou cometendo uma falta que resultou em um cartão vermelho. A partir desse momento, a intensidade emocional aumentou, especialmente porque ele sabia que a partida era a mais importante da história do clube.
A expulsão não só trouxe frustração ao jogador, que queria contribuir para a vitória, como também levou a um momento difícil. No caminho para fora do campo, ele recebeu apoio de outros jogadores, mas a tristeza pela situação era evidente. Depois da expulsão, ele teve que passar pelo teste de antidoping, o que trouxe mais angústia. Durante esse tempo, assistiu ao jogo e orou pelos companheiros, enquanto esperava informações sobre sua família que estava na arquibancada.
Enquanto o jogo transcorreu, ele soube do gol do time pelo barulho da torcida. A tensão do momento se intensificou, e ele expressou sua frustração ao chutar garrafas e derrubar objetos ao seu redor. Cada minuto que passava parecia uma eternidade, pois a responsabilidade pelo resultado parecia pesada em seus ombros.
Assim que foi liberado do teste, ele se dirigiu à entrada do túnel para sentir a atmosfera da final. Observou as jogadas do time e, com o apito final, alívio tomou conta dele. Embora tenha entrado em campo para comemorar depois, a sensação de choque pelo que aconteceu ainda o dominava. Os companheiros o abraçaram, e ele não conseguiu conter as lágrimas, reconhecendo a importância do título.
Após a vitória, a comemoração foi intensa. A noite em Buenos Aires foi marcada por alegria e a volta ao Brasil trouxe uma festa na rua, cheia de torcedores. Um dos momentos mais marcantes foi quando ele, mesmo após a ressaca da festa, teve de encarar o jogo contra o Internacional no Brasileirão. Apesar de não ter participado da final, o desgaste ainda era sentido.
A temporada culminou em uma partida contra o São Paulo, onde ele enfrentou dificuldades físicas. Em um jogo anterior, contra o Athletico, ele se machucou. Ele começou a partida, mas teve que pedir para sair por conta da dor. Quando voltou a campo, conseguiu marcar o gol que garantiu mais um título, desta vez no Campeonato Brasileiro.
Nos momentos de comemoração, as emoções vieram à tona. Ele se lembrou do que passou na final da Libertadores e, com bom humor, afirmou que reviveria o momento do gol do título, mas sem a expulsão. O peso daquela experiência o fortaleceu e fez parte de sua trajetória como jogador.
