acusado de matar gari muda após três meses preso em bh

Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, foi ouvido pela Justiça na quarta-feira, 26 de setembro, durante uma audiência que ocorreu por videoconferência. Ele está preso no Presídio de Caeté, na Grande Belo Horizonte, desde 11 de agosto, quando é acusado de assassinar o gari Laudemir Fernandes, que tinha 44 anos. A audiência durou aproximadamente duas horas e meia e foi realizada no 1º Tribunal do Júri Sumariante, localizado no bairro Barro Preto, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
A mudança na aparência de Renê foi notável: ele apareceu com cabelos grisalhos e usando óculos, em contraste ao seu aspecto quando foi preso, quando tinha cabelos pretos e um corpo musculoso. Essa transformação chamou a atenção nas redes sociais, onde diversas pessoas comentaram sobre o envelhecimento visível dele em três meses.
Antes do crime, Renê se apresentava em suas redes sociais como um executivo importante, ocupando cargos de vice-presidente e diretor-comercial. No entanto, a Universidade Harvard negou qualquer vínculo com ele, apesar de Renê ter afirmado em seu perfil no LinkedIn que possuía um diploma da instituição.
Renê é acusado de homicídio triplamente qualificado, incluindo motivos torpes, porte ilegal de arma e fraude processual. Se declarado culpado, pode enfrentar uma pena superior a 30 anos de prisão. Durante a audiência, foram ouvidas quatro testemunhas, e uma quinta foi dispensada. O perito da Polícia Civil enviará suas respostas por escrito.
O crime ocorreu no bairro Vista Alegre, na Região Oeste da capital mineira, onde Laudemir foi atingido por um tiro no abdômen. Ele estava coletando lixo quando Renê, que dirigia um carro BYD cinza, expressou sua irritação alegando que o caminhão atrapalhava o trânsito. Diante do desentendimento, Renê, armado, teria ameaçado a motorista do caminhão antes de descer do veículo e atirar em Laudemir, atingindo-o na região das costelas, o que resultou em sua morte. A vítima foi socorrida, mas não sobreviveu aos ferimentos.
Na audiência realizada no dia anterior, 25 de setembro, estiveram presentes oito testemunhas, incluindo policiais e a motorista do caminhão de lixo, que relatou ter sido intimidada por Renê. Ela descreveu o impacto emocional que a tragédia causou a todos os envolvidos e como a rotina de trabalho foi alterada por conta do incidente. Algumas testemunhas relataram ainda que foram alvo de desrespeito por parte do público, com pessoas fazendo brincadeiras infelizes sobre o ocorrido.
Renê foi preso horas após o crime, ao retornar para a academia. A investigação e os testemunhos continuam em andamento enquanto o caso avança na Justiça.




