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Descubra as Ilhas Exteriores de Seychelles, Últimos Refúgios Selvagens

As Seychelles busca equilibrar o turismo com a preservação ambiental, o país adotou a política de “uma ilha, um resort” para os seus arquipélagos. Essa regra visa limitar o impacto das atividades turísticas. Apesar disso, há planos para a construção de dois hotéis na ilha de Coëtivy. A conservação ambiental é uma parte essencial da cultura seychellense. Em 1994, o país proibiu a caça de tartarugas. Desde então, a população de tartarugas verdes em Aldabra tem crescido, tornando-se uma das maiores do Oceano Índico ocidental. Gilly Mein, um taxista local, afirmou que comer curry de tartaruga fazia parte da cultura, mas agora isso é visto como um sacrilégio.

Em 2018, Seychelles se tornou o primeiro país do mundo a implementar o “Blue Bond”, que arrecadou 15 milhões de dólares de investidores para quitar parte de sua dívida nacional, em troca da promessa de proteger 30% de suas águas – cerca de 420 mil quilômetros quadrados. Essa área inclui as ilhas externas, que agora testemunham histórias de recuperação de espécies raras. O grupo Aldabra, que abrange Astove, abriga algumas das maiores colônias de aves marinhas do planeta. Aldabra também foi reconhecida como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO e é lar de mais de 150 mil tartarugas gigantes.

A biodiversidade da região é destacada por profissionais locais. Elle Brighton, gerente de ecologia e sustentabilidade da empresa de turismo Blue Safari, compara Seychelles à Galápagos do Oceano Índico. A Blue Safari, fundada em 2012, administra o Alphonse Island Lodge, que passou a ser um resort ecológico com 29 acomodações.

Durante um voo de 250 milhas de Mahé para Alphonse, é possível ver quilômetros de ervas marinhas, que são essenciais para o ecossistema e atuam como um importante sumidouro de carbono. O Alphonse Island Lodge serve como base para mergulho e snorkel em um mar rico em vida marinha.

O resort demonstra como é possível oferecer uma estadia com baixo impacto ambiental. Ele é quase totalmente alimentado por energia solar e implementou sistemas de dessalinização e tratamento de esgoto, além de programas de captação e reciclagem de água da chuva. Em sua fazenda de aproximadamente 43 mil metros quadrados, são cultivados tomates, abóboras e bananas, entre outros. A produção mensal de quatro toneladas de vegetais abastece até 90% da alimentação vegetal nos alojamentos da Blue Safari.

Além disso, a empresa utiliza apenas peixes capturados no oceano aberto, evitando os recifes. A Blue Safari também apoia a Alphonse Foundation, uma ONG que promove a estratégia de conservação na região e monitora as populações de aves migratórias e peixes. No ano passado, a fundação marcou cerca de 20 raias manta e 32 tubarões, todos considerados inofensivos para os humanos. As condições do local permitem uma experiência rica em encontros com a fauna marinha local durante as atividades de mergulho.

Produção Editorial

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