Chris Paul foi desligado do Los Angeles Clippers em uma decisão inesperada que ocorreu na madrugada de quarta-feira. Antes do afastamento, Paul e o treinador Ty Lue não se falavam há algumas semanas, refletindo tensões internas.
Lawrence Frank, presidente de operações de basquete dos Clippers, esclareceu que a decisão não foi resultado de um único incidente, mas sim de várias conversas ao longo do tempo. Ele destacou que a forma de liderança de Paul, um veterano e 12 vezes All-Star, gerou atritos com a equipe técnica e a diretoria. Frank mencionou que Paul era muito vocal em suas críticas, buscando responsabilizar não só seus companheiros, mas também a gestão do time.
O desligamento de Paul foi discutido em uma reunião que, inicialmente, estava marcada para ocorrer em Atlanta, na véspera do jogo contra o Atlanta Hawks. No entanto, a equipe sofreu um atraso de seis horas em Miami devido a problemas mecânicos no avião, o que fez com que a conversa ocorresse mais tarde do que o previsto. Durante esse encontro, que se prolongou e teve momentos emocionais, Frank comunicou a Paul que ele não faria mais parte da equipe.
Após a conversa, Paul usou suas redes sociais para informar que foi enviado de volta a Los Angeles. Frank confirmou oficialmente a saída de Paul em uma declaração enviada a um veículo de comunicação.
Frank enfatizou a importância que Paul teve na história da franquia, mencionando o impacto emocional da decisão. Ele ressaltou que não seria uma conversa rápida, dada a relação próxima que os dois construíram ao longo do tempo.
O treinador Ty Lue foi questionado se a saída de Paul seria benéfica para a equipe. Ele respondeu que não acredita que a situação atual do time, que está com 5 vitórias e 16 derrotas, se deve apenas ao desempenho de Paul. Lue expressou seu respeito pelo jogador e afirmou que não gostaria que sua despedida fosse dessa maneira.
As expectativas em relação a Paul eram altas, já que ele havia retornado ao Clippers em julho, numa tentativa de encerrar sua carreira na franquia onde se destacou de 2011 a 2017. Paul, que está em sua 21ª temporada na NBA e planeja se retirar ao final da temporada, é o líder da organização em assistências e roubos de bola por jogo.
Durante seu tempo com o Clippers, Paul tinha um papel diferente, saindo do banco e potencialmente jogando menos minutos. Nesta temporada, ele participou de 16 jogos, com médias de 2.9 pontos e 3.3 assistências em 14.3 minutos por partida. Essa não é a primeira vez que a franquia enfrenta um fim abrupto com um jogador de destaque; em 2017, Blake Griffin, outra estrela da época chamada de “Lob City”, foi trocado para o Detroit Pistons após renovar seu contrato com os Clippers.
Frank reafirmou seu compromisso com Lue como treinador da equipe, mesmo diante dos desafios atuais. Ele reiterou que a decisão de afastar Paul foi difícil, mas necessária para o melhor funcionamento da equipe, ressaltando a importância de tomar decisões difíceis para o bem da organização, mesmo que possam ser controversas.
