Após quase oito anos, a série “The Witcher” da Netflix chegou ao fim, com a gravação da quinta e última temporada concluída na noite de 30 de setembro. A showrunner Lauren Schmidt Hissrich, que se esforçava para finalizar essa etapa, também se preparava para a estreia da quarta temporada, marcada para o dia 30 de outubro.
Uma das principais mudanças na série é a substituição do ator Henry Cavill, que deu vida ao icônico personagem Geralt de Rivia nas três primeiras temporadas, por Liam Hemsworth. Essa transição surpreendeu muitos fãs e também o próprio Hemsworth, que comentou sobre a proposta inesperada enquanto estava em um set de filmagem no final de 2022. A decisão de Cavill de deixar a série estava relacionada a desavenças criativas e novas oportunidades, como seu retorno como Superman.
Hemsworth, fã dos jogos da franquia, se dedicou a estudar os livros de Andrzej Sapkowski e a série para entender melhor o papel. Para Hissrich, não havia dúvida de que ele era a escolha certa devido à sua capacidade de balancear a ação física com a profundidade emocional do personagem.
Geralt, em sua jornada na quarta temporada, enfrenta um grande dilema pessoal. Após um confronto sutil com o bruxo Vilgefortz, ele fica ferido e se vê disperso de seu núcleo familiar, incluindo a jovem Ciri e a poderosa Yennefer. A trama se desenrola com Geralt em busca de Ciri, que, inesperadamente, não está nas garras do vilão Emhyr, mas sim fugindo com um grupo de ladrões.
A direção dos roteiros também passa por mudanças, já que a nova voz de Hemsworth traz um tom diferente ao personagem. Enquanto Cavill retratava Geralt de maneira mais estoica, a interpretação de Hemsworth adiciona nuances de humor e expressões mais abertas, algo que ele considerou importante para mostrar a vulnerabilidade do personagem.
A temporada não apenas viabiliza uma nova abordagem para Geralt, mas também para os outros personagens, como Ciri, que se torna mais rebelde. A ideia de que todos os personagens têm suas jornadas pessoais é um aspecto central desta nova fase. Isso se reflete na dinâmica do grupo de Geralt, que inclui novos personagens como o vampiro Regis, interpretado por Laurence Fishburne, trazendo uma nova camada de discussão moral à narrativa.
Outra mudança significativa na série é a abordagem em relação à sexualidade e nudez. Embora a primeira temporada tenha sido marcada por várias cenas de nudez, a quarta temporada apresenta uma visão mais equilibrada, refletindo uma decisão de Hissrich de não trivializar a sexualidade nas histórias.
À medida que a série avança, novos desafios e vilões surgem. Leo Bonhart, um caçador de recompensas interpretado por Sharlto Copley, se destaca como o antagonista mais cruel que a série já retratou. Copley mergulhou no papel com tanta intensidade que mesmo suas ações não roteirizadas se tornaram memoráveis.
É importante ressaltar que a quarta e a quinta temporadas foram filmadas consecutivamente, formando uma narrativa contínua. Hissrich e sua equipe optaram por um final mais sombrio para a quarta temporada, preparando o terreno para a quinta e última parte da história, promovendo uma jornada de transformação para Geralt e sua família.
Com a expectativa em alta para a quarta temporada e a iminente chegada da quinta, tanto Hissrich quanto Hemsworth refletem sobre o impacto e os desafios desse projeto que se estendeu por anos, expressando sua gratidão pela experiência envolvente de dar vida a “The Witcher”.
