Análise: prazo de Trump à Rússia gera descrédito entre especialistas –
O presidente Donald Trump anunciou na segunda-feira, 28 de julho, que reduziu o prazo de 50 dias para a Rússia chegar a um acordo sobre a paz na Ucrânia, estabelecendo um novo limite de “10 a 12 dias”. Ele afirmou que não há razão para esperar mais e expressou frustração com a falta de progresso nas negociações.
Trump alertou que se a Rússia não cumprir esse novo prazo, serão impostas tarifas severas e sanções adicionais a nações que importam petróleo russo. Com isso, a Rússia tem até o dia 9 de agosto para estabelecer um cessar-fogo com a Ucrânia.
No Senado dos Estados Unidos, há um movimento forte para aprovar um pacote de sanções pesadas, com o apoio de mais de 80 senadores. No entanto, a efetivação dessas sanções depende do cumprimento do novo prazo estabelecido por Trump.
Históricos de prazos de Trump costumam ser variados e flexíveis. Ele frequentemente anuncia um período de “duas semanas” para decisões importantes, mas frequentemente não cumpre. Em relação à Rússia, Trump já havia mudado os prazos várias vezes, começando com 50 dias e agora estabelecendo um limite mais curto.
Analisando a postura do presidente, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, destacou que a resolução de conflitos globais, como o da Ucrânia, é complexa. Trump também criticou, em gestões anteriores, seus antecessores por não terem cumprido prazos estipulados, como a chamada “linha vermelha” na Síria, sobre o uso de armas químicas.
Desde o início do seu segundo mandato, Trump possui uma série de prazos que envolvem diversas situações internacionais, incluindo a questão do Irã e suas tensões com a Ucrânia. Vários desses prazos têm se mostrado impraticáveis ou alterados ao longo do tempo.
Trump, que havia mencionado um prazo de 50 dias para a Rússia em julho, agora revê esse intervalo. Enquanto a situação evolui, o presidente se mostra firme na possibilidade de sanções adicionais caso não haja um avanço significativo nas conversações de paz.
