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‘Battlefield 6’ foge de mensagem política; veja a análise da Folha –

O trailer de “Battlefield 6” apresenta um enredo marcante e perturbador. A história se passa em 2027, quando muitos países da Europa decidem se retirar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Um assassinato de um líder mundial provoca instabilidade e gera um conflito de grandes proporções.

Com a desintegração da Otan, uma corporação militar privada surge para assumir os papéis deixados pela antiga ordem. Uma figura que se apresenta como presidente dos Estados Unidos lamenta a situação, mencionando que esse é um dia sombrio. Embora o rosto do personagem não seja totalmente revelado, o tom e a fala indicam que não é uma referência ao ex-presidente Donald Trump.

Após o discurso, a música “Masters of War”, de Bob Dylan, toca ao fundo, enquanto cenas de destruição se desenrolam. O Brooklyn, em Nova York, é transformado em uma zona de guerra. A letra da canção, que fala sobre o complexo militar-industrial, sugere uma crítica ao papel crescente do militarismo na sociedade.

O trailer sugere uma narrativa rica em política, envolvendo eventos que chamam a atenção para questões reais. Apesar disso, os criadores afirmam que “Battlefield 6” é um jogo de entretenimento, sem a intenção de fazer comentários sobre conflitos atuais, como a guerra na Ucrânia ou os confrontos entre Israel e Hamas. Os executivos da Electronic Arts, responsável pelo jogo, expressaram a necessidade de ser respeitoso em relação a conflitos que estão acontecendo no mundo.

A versão multiplayer de “Battlefield 6” foi apresentada recentemente a streamers, criadores de conteúdo e jornalistas durante um evento em Los Angeles. Eles puderam jogar cerca de quatro horas do jogo, cujo lançamento está marcado para 10 de agosto. O jogador terá a chance de explorar locais como a cidade do Cairo, o estreito de Gibraltar, as montanhas do Tajiquistão e o Brooklyn. Serão disponíveis quatro classes de personagens: assalto, engenharia, suporte e Recon, cada uma com suas especialidades e funções.

Uma novidade é a possibilidade de criar e editar mapas, algo que pode atrair um público mais jovem. No entanto, os desenvolvedores indicam que o foco inicial será nos jogadores mais tradicionais, que acompanham a franquia há anos. Estudos mostram que “Battlefield” não está entre os jogos mais populares entre a geração Z, que prefere títulos como “Minecraft”, “Fortnite” e “GTA”.

O CEO da Electronic Arts, Andrew Wilson, destacou que “Battlefield 6” representa não apenas um novo jogo, mas uma nova plataforma para a franquia, embora a empresa não tenha a ambição de torná-lo o principal produto. Em um cenário onde o gênero de jogos de tiro em primeira pessoa parece saturado, os executivos acreditam que “Battlefield” ainda possui um forte apelo entre os jogadores.

Embora alguns especialistas sugiram que a representação de guerras em jogos pode ser problematizada, os desenvolvedores defendem que sua intenção é proporcionar entretenimento. “Battlefield” oferece uma experiência de combate em cenários cinematográficos, focando na diversão em vez de uma reflexão profunda sobre a política ou os conflitos reais.

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