Bolsas em NY sem direção definida; dólar sobe com forças dos EUA –

A economia dos Estados Unidos está atraindo a atenção de investidores, resultando em uma alta do dólar no mercado externo, que alcançou o nível mais alto em mais de um mês. Por outro lado, o euro se desvalorizou, refletindo preocupações com a economia europeia, especialmente após a imposição de tarifas pelos Estados Unidos. Em Nova York, as bolsas de valores apresentaram um desempenho misto, enquanto os juros dos títulos do governo americano foram reduzidos à espera da decisão do Federal Reserve (Fed), que será anunciada na quarta-feira.
Na tarde de hoje, o índice DXY, que avalia o desempenho do dólar em relação a uma seleção de moedas de países desenvolvidos, subiu 0,34%, alcançando 98,96 pontos, passando até mesmo dos 99 pontos durante o dia. O euro, por sua vez, caiu 0,49%, valendo US$ 1,15248, atingindo seu menor patamar em um mês. Essa queda se somou a uma desvalorização de 1,3% no dia anterior, a mais significativa em mais de dois meses.
Os rendimentos dos títulos do governo também apresentaram baixa. O rendimento do título de dois anos foi de 3,920% para 3,904%, enquanto o título de dez anos caiu de 4,417% para 4,357%. Em relação às bolsas de valores, o índice Dow Jones recuou 0,11%, fechando em 44.786,38 pontos. O S&P 500, por outro lado, teve uma leve alta de 0,15%, atingindo 6.399,50 pontos, enquanto o Nasdaq registrou uma perda de 0,21%, fechando em 21.135,18 pontos.
Recentemente, foram divulgados dados que mostram uma melhora na confiança do consumidor nos EUA, com o índice do Conference Board subindo de 93 pontos em junho para 97,2 em julho. O relatório conhecido como Jolts revelou que o número de vagas de trabalho abertas caiu para 7,4 milhões em junho, uma redução em relação ao mês anterior, que tinha 7,7 milhões.
Especialistas em economia comentaram que esses dados indicam um mercado de trabalho saudável, apesar das tensões da guerra comercial. Um analista destacou que as tarifas impostas não tiveram um impacto significativo no comportamento de contratação das empresas. Além disso, foi mencionado que o setor de comércio e suas indústrias têm uma participação limitada na economia e no mercado de trabalho.
No campo comercial, houve informações de que as autoridades dos EUA e da China concordaram em adiar a aplicação de tarifas, após um recente acordo entre os Estados Unidos e a União Europeia. Na Europa, acredita-se que os efeitos das tarifas continuarão a impactar a economia, mesmo com o novo acordo em vigor.
O mercado espera que o Fed mantenha as taxas de juros inalteradas na reunião de amanhã. Contudo, analistas já começam a prever um possível corte nas taxas ainda este ano, entre setembro e dezembro. Estratégistas destacaram que um corte em setembro pode ocorrer caso os relatórios de emprego mostrem uma significativa redução na geração de vagas.
Outras condições que poderiam levar a cortes nas taxas em setembro incluem uma desaceleração da inflação nos serviços, o que poderia confirmar a visão do comitê de que a inflação resultante das tarifas é passageira, ou se os dados de inflação continuarem a mostrar um repasse das tarifas para os preços, mas com impacto limitado e ao longo do tempo.