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Diagnóstico de infecção urinária levou a complicações graves –

Aos 41 anos, uma mulher começou a viver um pesadelo após ser diagnosticada com uma infecção do trato urinário, uma condição comum que afeta 50% a 60% das mulheres em algum momento da vida. Até então, ela levava uma vida saudável, se dedicando ao cuidado do marido, um veterano dos fuzileiros navais com paralisia, e cuidando dos filhos dele. Sua rotina ainda incluía uma carreira na área de tecnologia da informação em uma grande corporação de saúde.

Em abril de 2021, após sentir sintomas de uma infecção urinária, ela fez exames que confirmaram a presença de uma bactéria, levando o médico a prescrever o antibiótico Ciprofloxacino. Antes de tomar o remédio, ela questionou sobre possíveis efeitos colaterais, mas foi informada de que era seguro e eficaz quando receitado para esse tipo de infecção.

No entanto, após a terceira dose do medicamento, a mulher começou a sentir dores intensas pelo corpo, especialmente nas pernas, além de outros sintomas como formigamento e choque elétrico. Desesperada, ela decidiu não tomar a quarta dose, acreditando que ao descansar tudo poderia melhorar.

Ao acordar, percebeu que não conseguia mais caminhar e foi levada para o hospital. O médico questionou sobre o uso do Ciprofloxacino e, ao descobrir que ela o havia tomado, expressou preocupação. Ele explicou que o medicamento possui um dos alertas mais sérios da Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA, conhecido como aviso de caixa preta, que sinaliza riscos graves de efeitos colaterais, incluindo reações debilitantes e, em alguns casos, permanentes.

Os possíveis efeitos colaterais incluem danos aos nervos, dor nas articulações e tendinites. A mulher relatou que, apesar de ter lido a bula, não encontrou informações sobre esses perigos. Após ser liberada do hospital, suas condições só pioraram, resultando em uma reação adversa conhecida como toxicidade por fluoroquinolona.

Com o agravamento de sua saúde, ela desenvolveu a síndrome de ativação de mastócitos, que fez com que seu sistema imunológico reagisse de maneira exagerada. Em cinco meses, a mulher perdeu mais de 50% de seu peso, chegando a pesar 27 quilos. Em setembro de 2021, foi admitida em cuidados paliativos.

Neste período, a mulher passou por momentos difíceis, incluindo a escolha do lugar do seu sepultamento e a seleção de um vestido para o caixão. Porém, com o uso de estabilizadores de mastócitos, ela conseguiu retomar a alimentação e desde então continua sob cuidados paliativos.

Atualmente, ela precisa de cuidados constantes, se locomovendo apenas em cadeira de rodas para consultas médicas. A dor persistente e os sintomas continuam a afetá-la, mesmo que alguns tenham diminuído. Diante das dificuldades e custos médicos altos, seu pai iniciou uma campanha de arrecadação que até agora conseguiu mais de R$ 120 mil para ajudar com os tratamentos.

A experiência devastadora causou grandes perdas em sua vida, incluindo sua carreira e independência. Agora, ela utiliza plataformas como TikTok e Instagram para aumentar a conscientização sobre a toxicidade por fluoroquinolona e criou uma petição para garantir consentimento informado sobre o uso desses antibióticos. Além disso, mantém um site com informações sobre o tema, visando ajudar outras pessoas que enfrentam situações semelhantes.

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