Eduardo Bolsonaro, deputado federal, não corre o risco de perder seu mandato por conta das faltas na Câmara. Isso se deve ao recesso do Congresso até o início de agosto e ao limite de ausências que a instituição permite. Para que haja punição, o número de faltas não justificadas deve ultrapassar um terço das sessões plenárias do ano. Atualmente, Eduardo já conta com quatro faltas registradas no site da Câmara, o que ainda não o coloca em risco imediato.
O senador Flávio Bolsonaro, seu irmão, destacou que Eduardo ainda tem a possibilidade de faltar em 44 sessões. Durante esta semana, Eduardo manifestou sua preocupação com a possibilidade de ser preso caso retornasse ao Brasil. Ele mencionou que sua ausência se dá pelo temor de ser detido por ordem do ministro Alexandre de Moraes. Eduardo afirmou em uma entrevista que não veria como retornar para o país neste momento. Ele também considerou a possibilidade de não renunciar ao mandato e deixar o tempo passar, arriscando-se a perder a cadeira por faltas.
Eduardo pediu licença em março deste ano, informando que permaneceria nos Estados Unidos para buscar responsabilizações de autoridades brasileiras que estivessem envolvidas em investigações relacionadas ao seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, especialmente o ministro Alexandre de Moraes. Durante sua ausência, ele foi substituído pelo suplente Missionário José Olímpio.
Recentemente, Eduardo se tornou alvo de um inquérito que foi aberto em maio, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Neste inquérito, ele é acusado de crimes como coação no curso do processo, obstrução de investigações que envolvem organização criminosa e tentativa de abolição do Estado democrático de Direito. Essa situação aumentou as tensões em torno de sua figura política e das investigações em andamento.
