Belmiro, um ex-massagista com uma longa trajetória de 50 anos no Atlético Mineiro, entrou com uma ação judicial contra o clube, apontando irregularidades trabalhistas. O valor total da ação é de R$ 4.388.470,00, conforme registrado em documentos oficiais. O processo foi protocolado no Tribunal Regional do Trabalho em Belo Horizonte e destaca a condição de hipossuficiência econômica de Belmiro.
Na ação, ele alega que, mesmo tendo sido formalmente demitido em alguns momentos de sua carreira, continuou a prestar serviços ao clube sem que seu trabalho fosse devidamente registrado. Segundo Belmiro, o Atlético exigia sua disponibilidade integral e não realizava o pagamento de horas extras ou adicionais por trabalho noturno.
O documento menciona a falta de pagamento de horas extras, de prêmios (denominados “bichos”), de adicional de insalubridade e a necessidade de uma assinatura retroativa na carteira de trabalho. Além disso, Belmiro também busca o reconhecimento de um desvio de função, já que mencionou ter atuado como enfermeiro em algumas situações.
São citados na ação o Clube Atlético Mineiro, a Atlético Mineiro SAF e a Galo Holding. A seguir, estão os valores que Belmiro está requerendo:
– R$ 3,4 milhões referentes a horas extras
– R$ 557 mil relacionados ao adicional de insalubridade
– R$ 300 mil referentes a prêmios
– R$ 80 mil de FGTS
Em outra frente, nesta terça-feira, o Atlético Mineiro foi notificado judicialmente sobre um pedido de rescisão unilateral do atacante Rony, motivado por atrasos em pagamentos. Além dele, vários outros jogadores também emitiram notificações extrajudiciais cobrando valores devidos ao clube.
