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Fantastic Four: Primeiros passos com visual dos anos 60, mas sem emoção –

Os Novos Quatro Fantásticos: Um Retorno ao Cinema

Os super-heróis não são mais apenas responsáveis por salvar o mundo; eles também precisam revitalizar um gênero cinematográfico que enfrenta dificuldades. O longa “Fantastic Four: First Steps” é o 37º filme do Universo Cinematográfico Marvel e marca o início de sua sexta fase, embora muitos se perguntem o que isso realmente significa.

Com uma abordagem refrescante, o filme busca deixar para trás o peso de produções anteriores e renovar o interesse do público. Ele se alinha a uma nova visão, assim como a recente reinterpretação de Superman, tentando resgatar a essência das histórias clássicas sem se perder em narrativas sobre as origens dos personagens.

A trama se desenrola em uma dimensão utópica, que remete aos anos 1960, oferecendo uma estética futurista com monorails, televisores de tubo e carros voadores, tudo apresentado em cores vibrantes. Nesse universo, os Quatro Fantásticos não são apenas heróis; são astronautas que se tornaram uma entidade governamental após uma expedição que os expôs a raios cósmicos, que amplificaram seus talentos.

Os personagens principais incluem Reed Richards, interpretado por Pedro Pascal, que se transforma em um maleável manipulador de forma; sua esposa, Sue Storm, vivida por Vanessa Kirby, que ganha o poder de invisibilidade e a habilidade de criar campos de força; Johnny, o irmão de Sue, que se torna um humano em chamas, e Ben Grimm, que se transforma em uma criatura rochosa, mas de bom coração.

Logo no começo, uma notícia de que Sue está grávida revela que eles terão um filho superpoderoso. No entanto, a expectativa de Reed se transforma em uma preocupação constante em um mundo repleto de ameaças, como criaturas subterrâneas e monstros gigantes.

O filme também apresenta a vilã Silver Surfer, interpretada por Julia Garner, que traz um novo desafio ao grupo. Ela se apresenta como a mensageira de Galactus, uma entidade que planeja devorar a Terra.

Os Quatro Fantásticos são forçados a enfrentar Galactus no espaço, mas a batalha cobra um preço alto, ameaçando a segurança do filho de Sue. Isso levanta um dilema moral sobre a proteção da família em um mundo repleto de perigos.

Enquanto Reed tenta controlar o crime em Nova York instalando uma rede de vigilância, a trama explora temas de paternidade e responsabilidade, embora alguns críticos possam ver isso como uma abordagem retrógrada para um filme de super-heróis.

A relação entre os personagens é um destaque, mas o filme, apesar de suas intenções, acaba se perdendo em uma narrativa que apressa a passagem do tempo e não se aprofunda suficientemente na emoção de seus protagonistas. A direção de Matt Shakman busca criar um visual marcante, mas falha em transmitir à ação a mesma originalidade que suas ambientações prometem.

A estética dos anos 60 se mistura a diálogos modernos, que muitas vezes parecem forçados. A trilha sonora de Giacchino tenta capturar a atmosfera diversão e nostalgia, mas não chega ao mesmo nível de outros longas da Marvel.

O futuro do Universo Cinematográfico Marvel é incerto. Embora haja muitas histórias a serem contadas, a abordagem industrial da Disney pode limitar a originalidade e a profundidade emocional que os espectadores esperam.

“Fantastic Four: First Steps” apresenta uma nova direção para a Marvel, mas a produção acaba destacando as limitações que ainda permeiam o gênero.

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