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Inflação no Brasil em 2025: itens que subiram e desceram de preço

Os dados preliminares de dezembro estão revelando como a inflação tem afetado o orçamento dos brasileiros em 2025. De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a inflação acumulada nos últimos 12 meses é de 4,41%. Esse índice é uma prévia da inflação que mede as variações de preços em diversas categorias.

Entre os setores que tiveram os maiores aumentos de preços, destacam-se: Habitação com alta de 6,69%, Educação com 6,26% e Despesas pessoais que subiram 5,86%. Em contrapartida, o setor de Artigos de residência apresentou uma leve queda de 0,1%, sendo o único que aliviou um pouco o bolso dos consumidores até agora.

A alta nos preços de Habitação é atribuída principalmente ao aumento da energia elétrica e dos aluguéis. Especialistas explicam que o valor dos aluguéis muitas vezes segue uma inflação anterior. Se um contrato venceu em um período de inflação alta, o reajuste tende a ser maior do que nos contratos que venceram mais recentemente. Além disso, a energia elétrica está entre os 20 itens com os maiores aumentos de preços em 2025, impactada pela bandeira vermelha e por condições climáticas desfavoráveis.

Em relação aos itens que mais encareceram, o transporte por aplicativo lidera com um aumento de 45,38%, seguido pelo pimentão, que subiu 29,93%, e joias, com alta de 27,04%. A demanda crescente por carros de aplicativo, especialmente em regiões onde o transporte coletivo enfrentou problemas, contribuiu para esse aumento.

Os preços do café também subiram, tanto na forma solúvel quanto nas cafeterias. Segundo analistas, essa alta é consequência de mudanças climáticas, intensa demanda global e a natural alternância de produção da cultura no Brasil. Outros alimentos, como a manga, também têm preços elevados devido à escassez de oferta.

Um fenômeno curioso foi o aumento de 15,17% nos jogos de azar, indicando uma demanda crescente por esse setor, que não é considerado uma preocupação direta na economia do dia a dia.

A alimentação, que era uma preocupação no início do ano, apresentou uma melhora em alguns itens. Produtos como arroz e feijão, bem como itens que tiveram alta em 2024, como abacate e azeite de oliva, estão registrando quedas nos preços. Essa recuperação é impulsionada por um clima mais favorável e as flutuações no câmbio, que ajudaram a reduzir os preços dos alimentos nos lares.

Os especialistas alertam sobre as perspectivas para 2026, indicando que é provável ocorrer uma alta moderada na inflação dos alimentos. A inflação em serviços ainda permanece alta, refletindo um mercado de trabalho aquecido e altas taxas de juros que não têm tido impacto significativo. Serviços como cabeleireiro e mecânica registraram aumentos consideráveis.

Esse cenário nos mostra que, enquanto alguns setores estão aliviando a pressão inflacionária, outros, especialmente serviços, continuam a representar um desafio para os consumidores.

Produção Editorial

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