Irã executa importante espião a serviço de Israel

Na segunda-feira, Bahman Choubi-asl foi executado no Irã, de acordo com informações divulgadas pela Mizan, a agência de notícias do judiciário iraniano. Ele era acusado de ser um dos principais espiões a serviço de Israel no país. A execução faz parte de uma série de ações contra indivíduos que, segundo o governo iraniano, têm laços com o Mossad, a agência de inteligência israelense.
Os documentos do judiciário afirmam que o Mossad buscava a colaboração de Choubi-asl para acessar bancos de dados de instituições governamentais e conseguir brechas em centros de dados na Irã. Além disso, mencionaram que o serviço secreto israelense tinha outros objetivos menores, como investigar rotas de importação de equipamentos eletrônicos.
A Suprema Corte do Irã rejeitou o apelo de Choubi-asl e confirmou a pena de morte por “corrupção na terra”, um termo frequentemente utilizado pelo sistema judicial iraniano em casos relacionados a atividades que considera perigosas à segurança nacional.
Nos últimos meses, o conflito entre Irã e Israel se intensificou. Em junho, Israel atacou alvos em território iraniano, tendo utilizado operações que incluíam comandos do Mossad infiltrados no país. Isso aumentou a tensão entre os dois países.
O número de execuções de iranianos condenados por espionagem em favor de Israel cresceu significativamente em 2023, com ao menos dez sentenças de morte aplicadas nos últimos meses. Essa escalada na aplicação de penas severas reflete a gravidade com que o Irã interpreta as ameaças à sua segurança nacional.