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Morre Rosa Gauditano, Fotógrafa De LGBT E Indígenas –

Rosa Gauditano, renomada fotógrafa, faleceu na última quinta-feira aos 70 anos. Ela ficou conhecida pelo seu trabalho que documentou a comunidade lésbica em locais como o Ferro’s Bar e a boate Dinossauros, em São Paulo, durante os anos 1970. Além disso, também realizou uma extensa documentação de povos indígenas.

A informação sobre sua morte foi confirmada por Jorge Rosenberg, fotógrafo e amigo próximo de Gauditano. Ela sofreu um infarto.

Em sua carreira, as fotos tiradas no Ferro’s Bar, encomendadas pela revista Veja, traziam à tona a realidade de uma população frequentemente marginalizada. Através de suas imagens, Rosa conseguiu narrar as experiências de pessoas LGBTQIA+ durante um período de repressão sob a ditadura militar, contribuindo assim para a visibilidade e compreensão da história das mulheres lésbicas no Brasil.

Além de seu foco na comunidade lésbica, Gauditano também se destacou na captura da cultura e do cotidiano de diferentes povos indígenas, como os xavantes, yanomâmi e guarani. Durante as décadas de 1970 e 1980, atuou como fotojornalista, registrando movimentos sociais importantes, como as greves do ABC Paulista, o movimento das mulheres e as realidades de crianças em situação de rua e profissionais do sexo. Em 1984, fez parte da equipe da Folha de S.Paulo.

Seu trabalho foi reconhecido em diversos acervos, incluindo o Conselho Mexicano de Fotografia e o Museu de Arte de São Paulo (Masp). Ela participou de várias exposições, tanto individuais quanto coletivas, em diversos países, como Brasil, Reino Unido, França, México, Itália, Estados Unidos e China. Recentemente, há dois anos, uma sala com suas fotografias das lésbicas foi exibida na Bienal de São Paulo, um dos eventos de arte mais relevantes do Brasil.

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