A nova versão da novela “Vale Tudo” tem gerado discussões entre os telespectadores no Brasil. A autora Manuela Dias, em suas entrevistas, tenta apresentar uma obra que vai além dos clichês. No entanto, muitos acreditam que o enredo atual não traz a mesma profundidade e ousadia que caracterizava a produção original, exibida nos anos 80.
Na trama original, escrita por Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères, os personagens e seus conflitos eram mais complexos. A nova adaptação de Manuela Dias, por sua vez, tem sido considerada previsível e superficial. Um dos exemplos citados é a reviravolta em torno do assassinato de Odete Roitman, interpretada por Débora Bloch. Com base nas cenas já exibidas, muitos acreditam que o desfecho da personagem seguirá um caminho semelhante ao da versão anterior, onde o mistério girava em torno de “Quem matou Odete Roitman?”
Um dos pontos controversos da nova versão é a decisão de ressuscitar o personagem Leonardo, que na trama original morre em um acidente de trânsito. Agora, ele está vivo e seus conflitos não parecem estar alinhados com a narrativa anterior. Essa mudança impactou a personagem de Helena, interpretada por Paolla Oliveira, cuja luta contra o alcoolismo se torna menos justificável com a nova decisão sobre seu filho.
Ademais, a maneira como Leonardo retorna à trama, fingindo ter um problema de saúde para menosprezar a mãe, também foi criticada. Essa nova dinâmica leva a pensar que a função dele na história pode ser previsivelmente ligada ao assassinato de Odete Roitman, algo que muitos telespectadores já estão antecipando.
Essas mudanças e a escolha de enredos mais simples geraram insatisfação entre os fãs da novela original, que esperam por uma narrativa mais intrigante e rica em detalhes. A expectativa futura se concentra no desfecho do conflito central, que pode trazer reviravoltas mais impactantes ou seguir um caminho já trilhado na primeira versão.
