Um caso penal envolvendo o clube Boca Juniors gerou polêmica e chamou a atenção do público. Paula Seminara, associada do clube e ex-dirigente, fez uma denúncia de ameaças contra Cristian Riquelme, funcionário do Boca e irmão do ídolo e presidente Juan Román Riquelme. A acusação surgiu após um suposto episódio de violência, que, segundo Paula, incluiu insultos, hostilidade e contato físico durante um jogo.
O incidente aconteceu em 24 de junho, em Nashville, Estados Unidos, durante uma partida entre Boca Juniors e Auckland City, válida pelo Mundial de Clubes. Na denúncia, Paula relatou que a agressão ocorreu enquanto estava sentada sozinha em um setor do estádio Geodis Park, perto de outros dirigentes do clube.
Após o episódio, Paula fez a denúncia às autoridades locais presentes no estádio. Em seguida, ela formalizou a queixa quando retornou ao Brasil, pedindo medidas para evitar o contato com Riquelme. Também está planejando apresentar uma reclamação ao Departamento de Inclusão e Igualdade do Boca Juniors.
Paula relatou ter chegado ao estádio três horas antes do início da partida. Acompanhada por um jornalista, acabou sozinha na arquibancada. Inicialmente, tudo correu bem, mas a situação mudou durante o intervalo do jogo, quando, ao tentar filmar um jogador que não estava em campo, Cristian Riquelme interpretou isso como uma provocação. Ele teria feito ameaças e a agrediu fisicamente, segundo Paula.
Ela descreveu o momento em que Riquelme a ofendeu com insultos e, ao se tentar defender, foi empurrada. Ela voltou a procurar Riquelme após o incidente, buscando por explicações, mas foi interrompida por outros membros da equipe que tentaram afastá-la.
Seminara, que possui uma trajetória significativa no Boca, ocupou posições importantes na filiação do clube e participou de várias assembleias. Desde a sua volta ao clube, tem atuado como uma das vozes críticas em relação à atual gestão.
Enquanto isso, a defesa de Riquelme afirmou que ele apenas pediu para Paula não filmá-lo e que não houve ameaças. Em resposta, eles planejam entrar com uma ação judicial contra Paula por calúnia, alegando que a denúncia está ligada a disputas políticas internas do clube.
Paula, em busca de justiça, destacou que não é a primeira vez que passa por situações difíceis relacionadas ao clube e à sua gestão. Ela expressou sua preocupação com o bem-estar da sua família e a necessidade de responsabilizar aqueles que agem de forma ameaçadora.
Até o momento, a diretoria do Boca Juniors não se manifestou oficialmente sobre o caso, que traz mais uma complicação para a já conturbada gestão de Riquelme, no meio de uma crise no futebol do clube.
