Trump elogia presidente da Libéria por seu bom inglês –

Na quarta-feira, durante uma reunião na Casa Branca com líderes de diversas nações africanas, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elogiou o inglês falado pelo presidente da Libéria, Joseph Boakai. Após Boakai fazer uma apresentação, Trump comentou sobre a fluência dele na língua inglesa, dizendo que era “bonito” e perguntando onde ele havia aprendido a falar tão bem.
Trump continuou, questionando Boakai sobre a sua educação e expressando surpresa ao saber que ele havia estudado na Libéria, destacando que o inglês dele era muito bom. O presidente americano mencionou que algumas pessoas presentes na reunião não falavam tão bem.
O inglês é a língua nacional da Libéria, um país com uma significativa população indígena. No entanto, muitos liberianos são descendentes de escravos americanos que foram enviados à África no início do século 19. A capital, Monróvia, leva o nome de James Monroe, o quinto presidente dos EUA, que apoiou a criação da Libéria como um local para os escravos libertos.
A fundação da Libéria ocorreu em meio a debates nos Estados Unidos, onde brancos e negros discutiam sobre a possibilidade de integração racial. A Sociedade Americana de Colonização adquiriu terrenos na costa ocidental da África e começou a enviar pessoas negras dos Estados Unidos para a nova colônia a partir da década de 1820.
Em 1847, a Libéria adotou uma Constituição inspirada na americana e declarou sua independência. No documento, o país criticou os Estados Unidos por racismo, violência e desigualdade, condições que levaram à sua separação e à criação de uma nova nação.
Atualmente, a Libéria é a república moderna mais antiga da África e a segunda república negra liderada por um governo de pessoas negras no mundo, atrás do Haiti, que foi fundado em 1804 após a revolta contra os colonizadores franceses.
A Casa Branca não se manifestou imediatamente sobre os comentários de Trump. Essa não é a primeira vez que suas declarações sobre líderes africanos ou países do continente geram polêmica. Em 2018, durante um encontro com senadores, ele se referiu a Haiti e a nações africanas como “países de merda”, o que gerou forte condenação por parte de autoridades africanas e haitianas.