Via Dutra moderniza e reforça segurança entre Rio e São Paulo

A concessão das rodovias BR-116/101 que inclui a Presidente Dutra e a Rio-Santos está em andamento com um investimento total de R$ 36,04 bilhões. Aqui, o trecho de 625,8 quilômetros, operado pelo grupo Motiva, liga as duas maiores cidades do Brasil e passa por diversas regiões urbanas, áreas industriais e destinos turísticos importantes. Esse corredor rodoviário é crucial para a movimentação da produção nacional.
O programa de investimentos destina R$ 20,77 bilhões para melhorias nas infraestruturas e R$ 15,27 bilhões para manutenção e operação das rodovias. O objetivo é modernizar as vias e garantir que os serviços oferecidos sejam de qualidade durante todo o período da concessão.
Entre as intervenções planejadas, há obras essenciais que vão aumentar a capacidade de tráfego e melhorar a segurança nas estradas. Um ponto importante é a duplicação de 80,1 quilômetros da BR-101/RJ, entre Mangaratiba e Paraty, com conclusão esperada para 2031. Além disso, 601,82 quilômetros de novas faixas serão adicionados, abrangendo trechos na BR-116/RJ, BR-116/SP e BR-101/RJ/SP.
Serão construídas também 144 quilômetros de vias marginais, que facilitarão o acesso às cidades e reduzirão as interferências entre o tráfego local e de longo percurso. Destas, 104,16 quilômetros estão previstos para a BR-116/SP, 29,26 quilômetros para a BR-116/RJ e 10,58 quilômetros para a BR-101/RJ.
Outras obras incluem a nova Serra das Araras, um trecho de 8 quilômetros entre Piraí e Paracambi, com um investimento de R$ 1,555 bilhão. A obra já está com 49% de execução e deve ser concluída em fevereiro de 2029, aliviando um dos principais congestionamentos na Via Dutra.
Na região de São José dos Campos, melhorias também estão em andamento, com a adição de faixas e vias marginais. O primeiro trecho, de 6,74 quilômetros, está 84% concluído e deve terminar até dezembro de 2025. O segundo trecho, de 7,9 quilômetros, já conta com 11% de execução.
O projeto inclui a construção de 152 dispositivos e interseções, 128 passarelas para pedestres, duas áreas de escape para veículos pesados, quatro pontos de parada e descanso e 2,634 quilômetros de túneis.
O contrato de concessão está ativo, e as principais obras estão sendo realizadas dentro do cronograma previsto. A Secretaria Nacional de Transporte Rodoviário realiza um monitoramento rigoroso das obras, utilizando um sistema de sinalização que classifica o progresso das etapas em cores.
Além dos investimentos em infraestrutura, a concessão também traz benefícios econômicos. Em 2024, foram arrecadados R$ 71,89 milhões em Imposto Sobre Serviços (ISS) para os municípios que estão nas proximidades das rodovias. O tráfego médio diário nas praças de pedágio superou 33 mil veículos, destacando a importância desse corredor para o transporte de pessoas e mercadorias.
Entre 2023 e o início de 2025, a receita totalizou R$ 1,68 bilhão, que será reinvestido nas melhorias planejadas.
A concessão da Via Dutra faz parte de um movimento mais amplo de investimento em rodovias no Brasil. Nos últimos três anos, o Ministério dos Transportes realizou 22 leilões que resultaram em cerca de 18 mil quilômetros de estradas concedidas, com um total de R$ 247 bilhões em investimentos. Para 2026, estão programados 13 novos leilões, prevendo R$ 148 bilhões em recursos privados, o que pode levar a um recorde de 35 concessões em um único ciclo de parcerias público-privadas no setor de transportes.
Esse modelo de concessão visa modernizar a infraestrutura rodoviária sem uso de recursos públicos. Assim, busca-se garantir padrões elevados de qualidade e segurança nas estradas, promovendo o desenvolvimento econômico e facilitando o transporte de produtos, além de melhorar a mobilidade para milhões de brasileiros.




