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Câmeras mostram detalhes do atentado a herdeiro do jogo do bicho –

Câmeras de segurança capturaram os primeiros movimentos de um atentado contra Vinícius Drumond, herdeiro do bicheiro Luizinho Drumond. O ataque, que ocorreu no dia 11 de julho na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, foi precedido por uma vigilância detalhada que começou dois dias antes. O plano foi elaborado por um grupo com experiência tática e ligações com a segurança pública.

De acordo com a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), pelo menos quatro homens armados, incluindo dois com histórico em forças de segurança, estiveram envolvidos no crime. Um dos suspeitos, Deivyd Bruno Nogueira Vieira, conhecido como “Piloto”, ex-policial militar expulso da corporação, foi preso em Nova Iguaçu no último sábado. Outros três suspeitos ainda estão foragidos, incluindo Luís César da Cunha, que é um policial militar da ativa.

As investigações mostram que as câmeras de um shopping na Barra da Tijuca registraram Piloto pagando o estacionamento, o que indicou que ele estava monitorando a rotina de Vinícius Drumond, que costumava frequentar uma academia no local. A polícia rastreou os movimentos do grupo com a ajuda de imagens de vigilância e de trânsito, tanto no Rio quanto na Baixada Fluminense.

Na manhã do atentado, por volta das 6h, dois dos suspeitos, incluindo o policial Cunha, foram filmados em uma padaria em Duque de Caxias. Pouco depois, eles seguiram em um carro branco até a Barra da Tijuca. Um segundo veículo, um Honda HR-V azul, ficou estacionado próximo ao shopping, onde os executores armados esperavam pela chegada da vítima.

Às 10h55, Vinícius deixou a academia em seu Porsche Taycan Turbo blindado, avaliado em mais de R$ 1 milhão, acompanhado por seguranças. Os criminosos iniciaram uma perseguição que culminou em uma tentativa de execução na Avenida das Américas, uma das ruas mais movimentadas da cidade. Durante o ataque, o veículo de Vinícius foi atingido por mais de 30 disparos de fuzil. Apesar da gravidade da situação, ele sofreu apenas ferimentos leves, causados por estilhaços, devido à resistência da blindagem do carro.

Os bandidos conseguiram escapar até Guaratiba, na Zona Oeste, onde abandonaram o carro usado no atentado. O veículo tinha adaptações para facilitar o crime, incluindo buracos no vidro dianteiro para o uso de fuzis. Após abandonar o carro, o grupo sequestrou uma mulher, obrigando-a a levá-los até Nova Iguaçu. As câmeras de um posto de gasolina registraram o carro da mulher antes que os suspeitos trocassem de veículo.

A polícia conseguiu identificar quatro suspeitos no atentado. Além de Piloto e do PM Cunha, são procurados Adriano Carvalho de Araújo e Rafael Ferreira Silva, conhecido como “Cachoeira”, que tem um histórico criminal relacionado a sequestros e é ligado a um grupo criminoso.

Com esta tentativa de homicídio ocorrendo em plena luz do dia, a Polícia Civil destaca a possibilidade de uma nova escalada de violência entre grupos criminosos no Rio de Janeiro. A situação atual reitera a história de conflitos violentos na região, onde, apesar de um aparente equilíbrio entre facções, ações como essa podem romper a harmonia e intensificar os confrontos.

A DHC continua as investigações para localizar os outros envolvidos no crime e levar todos à Justiça. O Disque Denúncia está divulgando informações para ajudar na captura dos suspeitos que ainda estão foragidos.

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