A Rumo, empresa de logística pertencente ao grupo Cosan, anunciou um lucro líquido de R$ 329 milhões no segundo trimestre deste ano. Este resultado é um indicativo de recuperação, já que no mesmo período do ano passado, a companhia havia registrado um prejuízo de R$ 1,7 bilhão.
O resultado negativo de 2024 foi fortemente impactado por enchentes no Rio Grande do Sul, que causaram danos significativos à infraestrutura ferroviária da Malha Sul. Como resposta a essa crise, a Rumo fez uma provisão contábil de R$ 2,57 bilhões, um ajuste considerado extraordinário e não recorrente, sem impacto real na liquidez. Além disso, a empresa transferiu 80% das Elevações Portuárias, que operam os terminais T16 e T19 no Porto de Santos, para o Corredor Logística e Infraestrutura, também afetando seus resultados.
Desconsiderando esses eventos extraordinários, o lucro líquido ajustado da Rumo aumentou 1,4%, somando R$ 731 milhões, em comparação com R$ 721 milhões no mesmo período de 2023. A receita operacional líquida da empresa cresceu 3,8%, alcançando R$ 3,7 bilhões.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) totalizou R$ 1,9 bilhão, revertendo um resultado negativo de R$ 264 milhões registrado no ano anterior. Quando ajustado, o Ebitda alcançou R$ 2,3 bilhões, com um crescimento de 6,4% em relação ao ano passado. A empresa também transportou 21,8 bilhões de toneladas por quilômetro útil (TKU) no trimestre, um aumento de 4% se comparado ao mesmo período de 2023. O principal corredor da companhia, o Norte, viu um crescimento de 8% nos volumes graças ao aumento na movimentação de soja, celulose e bauxita.
Por outro lado, a dívida líquida do grupo atingiu R$ 14,2 bilhões em junho, representando um aumento de 12,9% em relação a 2023. A alavancagem financeira, que mede a relação entre a dívida líquida e o Ebitda, ficou em 1,8 vez, um pouco mais alta que 1,6 vez registrada no ano anterior.
Os investimentos da Rumo também tiveram um desempenho positivo, totalizando R$ 1,4 bilhão no trimestre, o que significa um aumento de 18,6% em comparação com o mesmo período do ano passado. Parte desse montante, R$ 468 milhões, foi destinada ao projeto de expansão da Malha Norte no Mato Grosso, sinalizando um aumento nos investimentos em infraestrutura.
