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Miami Dolphins buscam ser a equipe da NFL para o mundo hispânico

Quando a NFL decidiu expandir suas operações para a Espanha, o Miami Dolphins viu uma grande oportunidade. Felipe Formiga, vice-presidente de desenvolvimento internacional da equipe, um brasileiro e o único latino nesse cargo entre as 32 franquias da NFL, liderou essa iniciativa. A jornada começou em 2021 e chega ao seu auge com a realização de um jogo contra o Washington Commanders. Este confronto marcará a primeira partida da temporada regular da NFL em solo espanhol, um passo importante para a franquia, que busca fazer desse evento um sucesso.

Os Dolphins já possuem uma presença comercial em países como Brasil, México, Colômbia, Argentina e Espanha, além do Reino Unido. Em Miami-Dade County, onde está localizado o Hard Rock Stadium, mais de 66% da população fala espanhol. Formiga destaca que essa conexão hispânica se deve à diversidade cultural da região, que é mais rica em comparação a outras partes da Flórida ou Califórnia. Segundo ele, “o DNA de Miami é hispânico-latino”, e essa herança é global. No escritório dos Dolphins, há uma variedade de latinos em diferentes departamentos, o que favorece discussões sobre estratégias globais. A equipe inclui cubanos, argentinos e colombianos, seja por meio de imigração ou nascidos na cidade.

Em Madrid, onde 14% da população registrada é latina, o Dolphins está empolgado com a realização do jogo no icônico Estádio Santiago Bernabéu e com os treinos no Estádio Metropolitano, ambos mundialmente famosos. Formiga enfatiza a importância desse momento, que representa uma oportunidade única para a franquia. Embora o Dolphins jogue em Madrid como parte de sua temporada regular, a NFL é responsável pela escolha dos locais dos jogos. As atividades da franquia também incluem o desenvolvimento do flag football em cidades como Madrid e Barcelona, envolvendo mais de 400 crianças e contando com a participação de embaixadores, como o ex-jogador de futebol Fernando Torres.

A equipe já possui uma tradição hispânica, com destaque para o californiano Manuel “Manny” Fernández, que se destacou na temporada perfeita de 1972, quando os Dolphins ganharam todos os jogos da temporada regular e playoff. Recentemente, nomes como Kiko Alonso e Greg Camarillo também fazem parte da história da equipe. Formiga acredita que ainda há espaço para um quarterback latino no topo da liga, afirmando que a diversidade na NFL está crescendo. Ele aponta que é crucial incentivar a cultura do futebol americano desde jovens, já que se torna mais difícil para quem começa a jogar mais tarde.

Com um recorde atual de 3 vitórias e 7 derrotas, o Dolphins ainda sonha com a classificação para os playoffs, especialmente após uma vitória recente contra os Buffalo Bills. Para a franquia, o evento vai além do jogo; eles avaliarão seu impacto pela presença no Bernabéu e em eventos como o Fan Zone na Plaza de España, que ocorrerá de quinta a sábado. Formiga também está em busca de parcerias com a economia local e outros esportes, como a Fórmula 1, um modelo que já deu certo em Miami.

A relação entre o Dolphins e a NFL é mútua, já que a franquia utiliza o mercado espanhol enquanto demonstra seu interesse em receber mais jogos. Eles são a única equipe com direitos comerciais na Colômbia e Argentina, e estão pleiteando um jogo em Buenos Aires. Formiga menciona que, quando a NFL expande suas operações, há um compromisso mútuo para que a liga retorne após a estreia. A Espanha é uma prioridade clara para a equipe, que continuará a pressionar a NFL por mais oportunidades no futuro.

Produção Editorial

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