Última superquarta de 2025: o que esperar esta semana?

A última “superquarta” de 2025, marcada para esta quarta-feira, 10 de dezembro, gera grandes expectativas nos mercados globais. Essa data pode indicar um cenário otimista para 2026, com projeções de cortes nas taxas de juros nos Estados Unidos e, possivelmente, uma mudança na política monetária no Brasil.
As reuniões do Banco Central dos Estados Unidos (Fed) e do Banco Central do Brasil (BC) começam nesta terça-feira, 9 de dezembro. A decisão do Fed será anunciada por volta das 15h, no horário de Brasília, enquanto o Comitê de Política Monetária (Copom) divulgará a nova taxa Selic às 18h30.
No Brasil, a expectativa entre analistas é de que a Selic permaneça estável em 15%. No entanto, a atenção se volta para os comunicados emitidos pela autoridade monetária, que podem trazer pistas sobre possíveis mudanças na taxa no futuro.
De acordo com uma pesquisa, o mercado está acreditando que o Banco Central brasileiro poderá sinalizar um corte nas taxas de juros já no primeiro trimestre de 2026. Essa previsão não é unânime entre economistas; alguns deles acreditam que a redução só deverá ocorrer no segundo trimestre.
No início de dezembro, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, comentou sobre os sinais mistos que a economia tem apresentado. Ele destacou a necessidade de manter uma postura “humilde e conservadora” diante das incertezas.
Os participantes da pesquisa sobre a decisão do Copom acreditam que a Selic será mantida em 15% pela quarta vez consecutiva. Dos 36 que foram questionados sobre o futuro da taxa, 19 preveem um corte em março, 14 em janeiro e três em abril.
Outro fator a ser considerado pelo Banco Central é o esclarecimento sobre a desaceleração da economia, especialmente após os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre demonstrarem resultados abaixo do esperado.
Nos Estados Unidos, os índices de Wall Street apresentaram alta na última sexta-feira, 5 de dezembro, com investidores mantendo expectativas de um possível corte na taxa de juros pelo Fed na reunião de quarta-feira. Essas expectativas aumentaram, sendo que a probabilidade de um corte de 25 pontos-base chega a 87%, segundo uma ferramenta de mercado.
As probabilidades de um corte nas taxas estavam abaixo de 30% há duas semanas, mas aumentaram após manifestações de apoio de diversas autoridades do Fed para a redução.
Dados recentes do Departamento de Comércio mostraram que os gastos dos consumidores cresceram 0,3% em setembro, alinhando-se com as expectativas dos economistas. Além disso, um relatório da Universidade de Michigan indicou uma melhora no sentimento do consumidor, que subiu para 53,3 em dezembro, superando as expectativas.
O mercado agora observa atentamente as decisões que serão anunciadas na próxima semana, especialmente em relação ao Fed e ao impacto que isso pode ter na economia global e nas taxas de juros.




