Na segunda-feira, 13, durante uma visita à Itália, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), comentou sobre a deputada federal Carla Zambelli, do Partido Liberal de São Paulo, que está detida no país. Lula afirmou que não lembrava do nome dela e que, caso não fosse questionado, nem sabia que ela estava na Itália. Ele acrescentou que Zambelli “não merece respeito de quem ama a democracia”.
Lula esteve na Itália para uma série de compromissos, incluindo um encontro com o Papa Leão XVI. Durante sua fala, ele enfatizou que Zambelli terá que enfrentar as consequências de suas ações, em qualquer lugar, ressaltando que a situação será tratada pela Justiça.
Carla Zambelli deixou o Brasil após ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão. Ela foi acusada de participar da invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em colaboração com o hacker Walter Delgatti. Essa condenação resultou em sua inelegibilidade por um período de oito anos, além da perda automática do mandato, determinada pela Corte.
Quando deixou o Brasil, a deputada pediu uma licença de 120 dias da Câmara, alegando problemas de saúde. Entretanto, seu prazo foi estendido e, desde 2 de outubro, ela acumula faltas nas sessões legislativas.
Zambelli saiu do Brasil em maio, cruzando a fronteira com a Argentina sem passar por qualquer controle migratório. De lá, viajou para a Flórida e, no início de junho, chegou à Itália, acreditando que sua cidadania italiana poderia oferecer proteção. No entanto, assim que chegou, seu nome foi incluído na lista de difusão da Interpol. O STF já solicitou a sua extradição e aguarda uma resposta da Justiça italiana sobre o pedido.
